Bruno concedeu uma entrevista coletiva acompanhado da diretoria do clube. “O Bruno, a partir deste momento, é jogador do Boa”, disse o presidente Rone Moraes, pedindo que as perguntas se focassem no futebol.
O goleiro disse que foi bem recebido em Varginha e falou sobre as críticas que vem recebendo. “Estou muito feliz pela oportunidade dada. As pessoas cobram muito pelo que aconteceu no passado. O Boa está abrindo as portas para mim, é uma oportunidade dada, estou muito feliz”, disse.
Bruno estava usando a camisa do Boa Esporte ainda com os patrocinadores antigos. Os cinco apoiadores se retiraram nos últimos dias, contrários à contratação do goleiro. Bruno comparou a situação dele com um drama vivido pelo ex-jogador Edmundo, que matou três pessoas em acidente de carro no Rio de Janeiro, em 1995, e foi condenado a quatro anos e meio, em regime semi-aberto, por homicídio culposo.
O goleiro não respondeu em nenhum momento perguntas sobre a morte de Eliza Samudio.
Principais pontos da coletiva do goleiro Bruno
"Estou muito feliz pela oportunidade dada. As pessoas cobram muito pelo que aconteceu no passado. O Boa está abrindo as portas para mim, é uma oportunidade dada, estou muito feliz."
“Fui muito bem recebido. Quando a pessoa está frente a frente, ela me trata muito bem. Recebi incentivo, força e isso pra mim é o que importa”.
“Eu venho me preparando (psicologicamente) há bastante tempo. Passar onde eu passei não é facil. Sinceramente, não ligo muito para o que as pessoas falam por ai. Foco no meu trabalho. O importante para mim é o recomeço."
“Eu deixo essa pergunta para os presidentes (sobre a saída dos patrocinadores). E estou aqui para jogar futebol”
“Várias vezes eu achei que não dava mais. Mas eu não posso simplesmente jogar a toalha. Minha esposa, por exemplo, não aceitava de forma alguma que eu me entregasse. Eu acho que minha esposa foi a pessoa que mais me incentivou, que mais me colocou para cima. Agradeço a Deus! Foi com muita oração e é por essas pessoas que eu vou recomeçar”.
“A primeira coisa a fazer é jogar. O duro é deixar nas mãos de Deus para guiar meus passos, mas tenho que acreditar em mim mesmo, trabalhar muito. Agora, amanhã ou depois pertence e Deus”.
"Assim como tive colega de trabalho que passou por essa situação a carreira toda, o Edmundo, assim espero que seja minha trajetória também. Se não estiver preparado para a pressão, posso me levantar e ir embora"
“A pressão sempre vai existir. Se não tiver preparado posso me levantar aqui e ir embora. Tudo me fez perceber quem está ao meu lado e quem não está”
“Sonhar nunca é demais. Mas eu vou trabalhar e fazer o meu melhor aqui dentro do Boa. Vou deixar isso (Seleção Brasileira) acontecer naturalmente”