A temporada saudita está perto do fim e a ideia do clube é contar com Tite a partir do segundo semestre, já que as competições mais importantes começam entre agosto e setembro de 2023. As duas partes trabalham sem pressa, mas segundo ouviu o Superesportes a chance de rolar um acordo é grande.
O Al Hilal tem sido comandado atualmente por Emiliano Díaz, que é filho do veterano argentino Ramón Díaz. Ramón Díaz se afastou do clube em razão de problemas particulares e não volta mais. Além do cargo livre e da parte financeira, outros motivos atraíram Tite a abrir negociações com o Al Hilal.
Liga saudita ganhou força com CR7. Messi vem aí?
A contratação de Cristiano Ronaldo pelo Al Nassr no começo de 2023 mudou o futebol da Arábia Saudita de patamar. Tite e seu empresário Gilmar Veloz entendem que aceitar a proposta de um clube da elite árabe hoje em dia é totalmente diferente do que era há dez ou cinco anos.
Além disso, o Al Hilal é uma das maiores forças do país e da Ásia. Das últimas três edições da Liga dos Campeões Asiática foram dois títulos e um vice. O time também é tricampeão nacional seguido, mas nesta temporada não vai repetir o feito. No Mundial de Clubes, em fevereiro, o time eliminou o Flamengo e foi vice ao perder por 5 a 3 a final para o Real Madrid.
Trabalhar no Al Hilal para Tite é a certeza de que terá nas mãos um time competitivo. Ainda mais se o clube confirmar o sonho de acertar a contratação de Lionel Messi. O argentino tem contrato com o PSG só até o meio do ano e negocia com o possível futuro time de Tite.
Outros mercados não animaram Tite, e Brasil não é opção
Desde a saída da seleção brasileira depois da Copa do Mundo do Qatar, Tite recebeu sondagens e propostas de diversos mercados, mas nada animou. As seleções da Coreia do Sul e do Equador fizeram contato, o Corinthians tentou convencê-lo a voltar e um time candidato ao rebaixamento no Campeonato Italiano foi atrás, mas a falta de pressa do técnico na escolha do próximo desafio jogou contra.
Tite queria pelo menos um semestre para descansar depois de seis anos na seleção e tratou a possibilidade de trabalhar no Brasil em 2023 como inviável a pedido da família. Nesse período, ele fez tratamentos de saúde e estudou inglês.
A prioridade para a retomada da carreira é a Europa, mas o fato de a liga saudita viver um momento de visibilidade chamou atenção. Tite também leva em conta que o país já conta com técnicos valorizados no mercado, como Nuno Espírito Santo, e esse fluxo deve aumentar nos próximos meses.
Ideia é de manter a comissão técnica da seleção
A numerosa comissão técnica que acompanhou Tite na seleção brasileira corria risco de ser desmanchada a depender do novo clube ou seleção que o treinador assumisse.
Uma das condições na negociação com o Al Hilal é que Tite poderá manter o trabalho com boa parte de sua equipe, como os auxiliares Cléber Xavier, Matheus Bachi e César Sampaio e o preparador físico Fábio Mahseredjian, além de analistas de desempenho. Essa possibilidade também anima o treinador sobre assumir o Al Hilal no segundo semestre.