Mais uma vez, as arquibancadas dos estádios espanhóis foram palco de atos racistas contra Vini Jr. No estádio Mestalla, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, os torcedores do Valencia entoaram cantos racistas contra o brasileiro.
Vini é alvo frequente dos ataques preconceituosos nas partidas do Real Madrid. Ele chegou a levar o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea para perto dos torcedores para apontar alguns dos responsáveis. Mas o jogo seguiu. Entenda o que aconteceu.
Confusão após a falta
No início do segundo tempo, já era possível ouvir alguns torcedores ofendendo o brasileiro. O coro engrossou aos 26 minutos. Aos 25, Vinicius arrancou pela ponta esquerda. Comert, que estava na cobertura do lance, chutou uma segunda bola que estava em campo em cima da primeira, matando o ataque do Real e cometendo a falta.
O árbitro aguardou um parecer do VAR para esclarecer o lance confuso, Comert foi amarelado e tudo parecia ter se resolvido dentro de campo. Mas Vinícius ouviu os insultos e se irritou. Ele discutiu com os torcedores que estavam atrás do gol e chamou o árbitro para mostrar o responsável pela ofensa.
Com o jogo paralisado, a torcida do Valencia comemorava a vitória parcial por 1 a 0, e no meio da festa, passou a cantar "Mono, mono, mono...". Mono é a tradução literal de macaco em espanhol.
Carlo Ancelotti chamou Vinicius para perto do banco de reservas para conversar. O locutor do Mestalla precisou pedir nos microfones do estádio para que os insultos racistas cessassem, sob o risco da partida ser interrompida. Minutos depois, o jogo continuou.
Vini acaba expulso
O clima do jogo estava pesado. Nos minutos finais, Musah prendeu a bola para retardar o escanteio do Real Madrid, mas se enroscou com Rudiger. Vinicius reclamou.
Na confusão, o goleiro do Valencia Mamardashvili foi pra cima do brasileiro, que deu uma cotovelada em Hugo Duro. Após revisão do VAR, De Burgos Bengoetxea expulsou Vini. Hostilizado, ele deixou o campo levado pelos companheiros de equipe e batendo palmas de forma irônica.