2

Defesa de Robinho entrega passaporte do jogador à Justiça

Advogado do ex-jogador, Dr. José Eduardo Alckmin entregou o passaporte e sinalizou que Robinho ficará no Brasil aguardando decisão do STJ

29/03/2023 19:54 / atualizado em 29/03/2023 19:59
compartilhe
Robinho devolveu passaporte e não pode deixar o Brasil
foto: OLIVIER MORIN/AFP

Robinho devolveu passaporte e não pode deixar o Brasil


Nesta quarta-feira (29/3), o advogado de defesa de Robinho, Dr. José Eduardo Alckmin, entregou o passaporte do jogador no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os advogados de Robinho haviam procurado a Justiça no dia 23 de março para oferecer, de forma voluntária, o documento. No dia seguinte, então, o ministro Francisco Falcão determinou a entrega do passaporte e deu um prazo de cinco dias, enquanto a Justiça avalia o pedido da Itália para que ele cumpra no Brasil os nove anos de prisão por estupro.

Na última semana, o relator do processo no tribunal negou o pedido da defesa do ex-jogador do Santos para que o governo italiano fosse intimado a fornecer cópia integral traduzida do processo. Francisco Falcão ainda determinou, com urgência, que o jogador seja intimado a apresentar contestação ao pedido de homologação e reabriu o prazo de 15 dias para o ato.

Robinho foi julgado em terceira e última instância na Justiça italiana há mais de um ano. Em novembro do ano passado, a extradição dele chegou a ser solicitada, mas a negativa aconteceu pelo Ministério da Justiça do Brasil baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

Dessa forma, a solução encontrada pela Justiça da Itália foi solicitar o cumprimento da pena no Brasil. No final de fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou à Justiça não existir qualquer restrição no cumprimento da pena no país para um crime pelo qual foi condenado na Itália.

O caso aconteceu em 2013, em Milão. Segundo a sentença, Robinho e mais cinco amigos estupraram uma mulher albanesa, sendo que ele e mais Ricardo Falco acabaram condenados. Os outros três homens deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados. A pena é de nove anos de prisão, em última instância, proferida em janeiro de 2022.

Compartilhe