A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín determinou a prisão provisória e sem direito a fiança de Daniel Alves, acusado de ter estuprado uma mulher em uma boate em Barcelona no fim do ano passado.
O pedido de prisão, feito pelo Ministério Público espanhol e reforçado pela defesa da vítima, foi acatado pela juíza depois de ela coletar o depoimento do jogador, que se apresentou ao tribunal nesta sexta-feira (20).
Daniel Alves chegou ao local algemado e esperou o resultado do julgamento em uma cela com outros detidos
O procedimento pelo qual passou Daniel Alves é pouco comum: é de praxe que, entre o depoimento à polícia e o julgamento, passem pelo menos 72 horas. No caso do brasileiro, ambos aconteceram no mesmo dia.
Daniel Alves estava em Barcelona desde a semana passada, quando a mãe de sua esposa morreu. O Pumas, time defendido pelo brasileiro no México, liberou o jogador da partida do último sábado (14), diante do Santos Laguna, mas esperava que ele retornasse para o duelo deste domingo (22), contra o León, pela terceira rodada do Torneio Clausura.
O que aconteceu
Uma mulher espanhola acusa o lateral da Seleção Brasileira de tê-la violentado sexualmente durante uma festa realizada em uma boate em Barcelona, na Espanha, no último dia 30 de dezembro.
Em seu depoimento, Dani Alves voltou a negar as acusações. Ele confirmou que estava na discoteca Sutton na noite, mas afirmou não ter cometido nenhum tipo de agressão. O depoimento seguiu a mesma linha da primeira vez que Daniel falou sobre o ocorrido, em entrevista ao programa espanhol 'Y ahora Sonsoles'.
"Sim, eu estava naquele lugar, com mais gente, curtindo. E quem me conhece sabe que eu amo dançar. Eu estava dançando e curtindo sem invadir o espaço dos outros. Eu não sei quem é essa senhora. Nunca invadi um espaço. Como vou fazer isso com uma mulher ou uma menina? Não, por Deus", disse o jogador.
O UOL entrou em contato com a assessoria de imprensa de Daniel Alves, que afirmou estar esperando informações do advogado do jogador.