Em um jogo beneficente organizado pelo ex-jogador Edmílson, o pentacampeão mundial, deu sua opinião nesta terça-feira sobre os desafios da Seleção Brasileira para conquistar sua sexta Copa do Mundo e sobre o próximo técnico do Brasil.
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"Acho que o treinador tem que ter o perfil da Seleção. O que gostamos de ver na nossa Seleção? O nosso jogo criativo, com opção ofensiva, mas tem que saber se defender. Temos que buscar um treinador que tenha esse perfil e deixá-lo trabalhar. Pode ser um de fora? Se ele tiver o perfil, vem pra agregar. Não vejo treinadores de fora tão diferenciados dos que temos aqui. Se for pra arriscar, temos que trazer o melhor, que para mim é o Guardiola", declarou Edmílson.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demonstrou interesse em contar com um treinador estrangeiro para ocupar o cargo de técnico da Seleção. Segundo apurou a Gazeta Esportiva, o italiano Carlo Ancelotti foi procurado pela organização para substituir Tite, mas em entrevista recente, o comandante do Real Madrid despistou sobre a chance de assumir o Brasil.
O nome de Guardiola já foi especulado na Seleção Brasileira em outras oportunidades, mas o alto salário e o atual contrato com o Manchester City dificultariam a concretização de um acordo. Além da sucessão de técnicos na Seleção, Edmílson também falou sobre os principais problemas que o futebol brasileiro enfrenta e impedem que o Brasil volte a ser campeão mundial.
"É difícil falar. Mas acho que é tudo um pouco. Desde a CBF ser mais organizada, a nível administrativo. Faz 3 anos que a gente não tem um presidente que faça um exercício de dois ou três anos. Existe também a parte da CBF de convalidar as licenças para que treinadores saiam do Brasil e abram o mercado para a Europa e o mundo. Nós somos uma confederação pentacampeã do mundo e não temos essa licença autorizada para trabalhar fora", acrescentou o ex-jogador.
"À nível de jogadores, acho que ainda somos um celeiro de craques e revelações de talentos. O futebol brasileiro há 20 anos vem perdendo seu espaço pela forma de gestão de seres humanos. O sinal de alerta já acendeu faz tempo, desde a Copa de 2014. Alguns clubes se arrumaram, mas a CBF não se arrumou. Temos que guardar o que temos de bom, que é o talento e criatividade, nosso DNA", completou Edmílson.
Quem também falou sobre o momento da Seleção Brasileira à foi Amaral. O ex-volante, com passagens pela Amarelinha, avaliou o desempenho brasileiro na Copa do Mundo do Catar. Agora, para ele, o sucessor de Tite deve ser brasileiro: "Eu sou brasileiro e prefiro que coloquem um treinador brasileiro", disse.
"Doeu não só para os jogadores, mas para a gente que é brasileiro. É uma coisa que não deveria ter acontecido, mas agora não temos que criticar, temos que ver qual treinador vem agora. Seleção Brasileira não adianta fazer projeto. Seleção Brasileira é momento. Se você conseguir chamar os melhores guerreiros do momento, o Brasil sempre vai estar forte", encerrou Amaral.