O Barcelona expressou nesta quarta-feira sua "indignação" pela publicação do jornal espanhol El Mundo de supostas exigências que o astro argentino Lionel Messi teria feito para renovar seu contrato com o clube em 2020.
"O FC Barcelona expressa sua indignação diante do vazamento mal intencionado de informações que fazem parte de um procedimento judicial", afirmou o Barça em comunicado.
Segundo o jornal El Mundo, para continuar no clube em 2020, Messi aceitou reduzir seu salário em 20%, mas pediu para recuperá-lo nos dois anos seguintes com juros (3%), um bônus de 10 milhões de euros pela renovação e a redução da cláusula de rescisão para simbólicos 10 mil euros.
Estas exigências estariam incluídas em e-mails trocados entre o pai e representante do jogador, Jorge Messi, seus advogados e dirigentes do Barcelona, entre eles o então presidente do clube, Joan Bartomeu.
Messi também teria pedido um camarote no Camp Nou para sua família e a do uruguaio Luis Suárez, que o clube bancasse um voo particular para sua família até a Argentina no Natal e aumento salarial em caso de alta de impostos.
Mais informações da renovação de Messi e Barcelona
Ainda segundo o El Mundo, em junho de 2020 o argentino recebia "74,9 milhões de euros líquidos por ano" e, depois de várias negociações, o Barça não aceitou reduzir a cláusula de rescisão nem pagar o bônus de 10 milhões de euros.
Messi não mudou de posição e, "no final de agosto de 2020, apenas dois meses depois dos últimos contatos, enviou um documento no qual solicitava sua saída do clube", escreve o El Mundo.
O Barça lamentou nesta quarta-feira que o jornal "se gabe por ter tido 'acesso a uma enorme quantidade de documentos e e-mails que estão em poder da investigação do Barçagate', quando estas informações e documentação ainda não foram compartilhadas com as partes".
O 'Barçagate', revelado em 2020 pela rádio Cadena Ser, consistiu na contratação da empresa I3 Ventures para supostamente começar uma campanha de difamação nas redes sociais contra opositores de Bartomeu e figuras como Messi, Gerard Piqué e o atual técnico da equipe, Xavi Hernández.
O Barça afirma que os documentos publicados "nada têm a ver com a investigação do caso e seu uso atenta contra a reputação e a confidencialidade do clube".
"Por isso, e com o objetivo de proteger os direitos do FC Barcelona, os serviços jurídicos do clube já estão estudando as medidas oportunas a tomar", conclui o Barça.