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Jogador da Inglaterra diz estar 'chocado' com abusos no Catar, sede da Copa

Técnico da seleção do país europeu, contudo, descarta boicote ao Mundial no Oriente Médio

26/03/2022 10:32
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Jordan Henderson ficou chocado com o relatório sobre a Copa no Catar
foto: Paul ELLIS / AFP

Jordan Henderson ficou chocado com o relatório sobre a Copa no Catar

Jordan Henderson contou que ficou chocado ao receber um relatório detalhando os abusos de direitos humanos cometidos no Catar, sede da Copa do Mundo. O documento foi entregue pelo técnico da seleção da Inglaterra, Gareth Southgate, e pelo diretor executivo da federação, Mark Bullingham.

"Quando recebemos o relatório foi bastante chocante e decepcionante", disse o capitão da equipe inglesa.



"É realmente horrível quando você olha para alguns dos problemas que estão acontecendo atualmente lá. Como equipe, estamos digerindo isso, apresentando ideias do que queremos fazer daqui para frente. É uma oportunidade de talvez esclarecer os problemas e usar nossas plataformas para fazer mudanças para melhor", completou.

Os abusos são contra as mulheres, comunidade LGBTQ+ e trabalhadores migrantes, muitos responsáveis %u200B%u200Bpela construção dos estádios da Copa de 2022.

Henderson também revelou que os jogadores ficaram conversando sobre a situação com Gareth e Mark por cerca de 30 minutos.

Boicote à Copa?

Apesar de suas evidentes preocupações com o cenário dos direitos humanos em Doha, Southgate está convencido de que boicotar a primeira Copa do Mundo no Oriente Médio não seria a melhor opção.

"Eu realmente não sei o que isso alcança", disse ele. "Seria uma grande história, mas o torneio seguiria em frente. Há algumas coisas religiosas e culturais que serão muito difíceis de mudar, mas ainda há uma oportunidade de usar nossas vozes e nossa plataforma de maneira positiva", afirmou.

"É possível [um boicote], mas essa não é uma decisão que os jogadores e eu podemos tomar. Eu ouço várias versões disso, mas meu entendimento é que as discussões que a FA teve com organizações como a Anistia são que eles sentem que haveria mais mudanças se formos e essas coisas forem destacadas", finalizou o treinador.
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