A FIFA vinha sendo pressionada por federações de vários países a adotar a punição à Rússia após a invasão e os ataques russos na Ucrânia. As federações nacionais da Polônia, República Checa e Suécia, participantes do grupo de repescagem da Rússia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar já haviam anunciado que não disputariam qualquer partida contra os russos, mesmo que em campo neutro.
Em comunicado emitido nesta segunda-feira, a FIFA afirmou que o futebol está 'unido e em total solidariedade' aos ucranianos e disse que os presidentes de ambas as entidades esperam que a situação no país melhore 'significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos'.
A ofensiva russa sobre a Ucrânia chega a seu quinto dia nesta segunda-feira e os países iniciaram uma negociação sobre o conflito. As agências de notícia russas Tass e Ria informam que o encontro das delegações da Rússia e da Ucrânia na Bielorrússia terminou. Segundo a Ria haverá uma segunda rodada de negociações depois que os representantes dos dois países voltem a suas capitais.
A delegação ucraniana esteve à área na fronteira com Belarus e exigiu um cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas. O anúncio foi realizado pela presidência da Ucrânia. A delegação é composta pelo ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, juntamente com o conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak.
Confira o comunicado da FIFA:
Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da FIFA e pelo Comitê Executivo da UEFA, que previa a adopção de medidas adicionais, a FIFA e a UEFA decidiram hoje em conjunto que todas as equipas russas, quer sejam equipas representativas nacionais ou equipas de clubes, serão suspensas da participação em ambos competições da FIFA e da UEFA até novo aviso.
Estas decisões foram adoptadas hoje pelo Bureau do Conselho da FIFA e pelo Comité Executivo da UEFA, respectivamente os mais altos órgãos de decisão de ambas as instituições sobre assuntos tão urgentes.
O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos.