O bilionário russo Roman Abramovich, de 55 anos, anunciou neste sábado (26) que transferiu o controle do Chelsea para a Fundação Chelsea. Havia pressão de políticos na Inglaterra para que Abramovich, ligado ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, deixasse a direção do clube. De acordo com a imprensa britânica, essa atitude do dono do time londrino tenta evitar uma sanção maior, como a obrigatoriedade da venda do clube.
"Durante meus quase 20 anos de posse do Chelsea FC, sempre considerei meu papel como guardião do clube, cujo trabalho é garantir que sejamos tão bem-sucedidos quanto podemos ser hoje, bem como construir para o futuro, ao mesmo tempo desempenhando um papel positivo em nossas comunidades. Sempre tomei decisões com o melhor interesse do clube no coração. Continuo comprometido com esses valores. É por isso que hoje estou dando aos curadores da Fundação de caridade do Chelsea a administração e os cuidados do Chelsea FC. Acredito que atualmente eles estão na melhor posição para cuidar dos interesses do Clube, jogadores, funcionários e torcedores", disse Abramovich, em nota.
Na quinta-feira, parte do Partido Trabalhista do Reino Unido defendeu que o empresário fosse removido do Chelsea, como parte das sanções contra a Rússia pela invasão à Ucrânia.
De acordo com a revista Forbes, a fortuna de Abramovich está avaliada em US$ 14,5 bilhões (R$ 74,29 bilhões). Ele é um dos oligarcas russos ligados a Putin que moram no Reino Unido.
Roman Abramovich ficou bilionário por causa do processo de privatização das empresas após o colapso da União Soviética. Ele assumiu o controle do Chelsea em 2003 e investiu mais de 2 bilhões de libras (R$ 14 bilhões) em quase 20 anos.
A Rússia, de Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia nos últimos dias e trava uma guerra que é condenada por quase todos os líderes mundiais. Os principais países ocidentais já fizeram algum tipo de sanção contra a Rússia por causa da injusta agressão contra Kiev.