O Racing Club prestou homenagem, nesta terça-feira (7), aos 45 torcedores do clube desaparecidos e assassinados durante a última ditadura argentina (1976-1983). O clube deu a eles o status de sócios.
Esta iniciativa é fruto de um projeto que o time lançou no dia 19 de março a partir de uma apresentação de cinco sócios, entre eles o jornalista e escritor Carlos Ulanovsky e o ator Osvaldo Santoro.
%u2139%uFE0F Restitución de carnets.
— Racing Club (@RacingClub) December 6, 2021
%u21AA%uFE0F Socias/socios desaparecidos.
%uD83D%uDDD3%uFE0F 07/12.
%uD83D%uDD61 18:30 hs.
%uD83D%uDC99 En el Cilindro.
%u27A1%uFE0F Acceso por Colón 750.
%uD83C%uDF93 Entrada libre.#SociosEternoshttps://t.co/qYqjHNgEIv pic.twitter.com/KHZncQ72Qc
A investigação foi realizada ao longo deste ano no arquivo histórico do Racing, onde foram encontrados formulários de inscrição que permitiram a descoberta de inúmeros casos de pessoas "que foram sequestradas, desaparecidas e assassinadas durante a ditadura", informou a equipe.
As novas credenciais de sócio serão entregues aos familiares dos desaparecidos.
"O Racing também foi vítima do genocídio que atingiu a Argentina desde meados dos anos setenta (1970) a partir do momento em que sabemos que tem sócios - ou seja, membros legais e legítimos da instituição - que foram atingidos pelo plano sistemático de extermínio implantado em todo o território nacional", indica o documento apresentado pelos cinco sócios.
Além do Racing, Boca Juniors e River Plate também já prestaram homenagens a torcedores vítimas da ditadura argentina, que deixou 30 mil desaparecidos, segundo organizações humanitárias.