O técnico alemão Jurgen Klopp, do Liverpool, explicou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, que considera que a proibição de usar neste final de semana os jogadores brasileiros - casos do goleiro Alisson, do volante Fabinho e do atacante Roberto Firmino -, após um pedido da CBF, que não se apresentaram para a rodada tripla das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, é principalmente prejudicial para os próprios atletas.
Klopp considerou que o mundo parece ter se esquecido de que vive uma pandemia.
"Parece que o verdadeiro castigo é para os jogadores porque não podem jogar. É isso que eles fazem, é isso que amam fazer. Não é aceitável. O mundo ainda está numa pandemia. Às vezes parece que não, mas vamos nos lembrando. Até agora os jogadores têm recebido exceções que não levaram a nenhum aumento de casos por causa de tudo o que fazemos durante a semana. É uma sociedade completamente diferente lá fora. Nós somos testados três vezes por semana", disse.
"Parece que o verdadeiro castigo é para os jogadores porque não podem jogar. É isso que eles fazem, é isso que amam fazer. Não é aceitável. O mundo ainda está numa pandemia. Às vezes parece que não, mas vamos nos lembrando. Até agora os jogadores têm recebido exceções que não levaram a nenhum aumento de casos por causa de tudo o que fazemos durante a semana. É uma sociedade completamente diferente lá fora. Nós somos testados três vezes por semana", disse.
"O Brasil venceu os três jogos (na verdade dois, contra Chile e Peru, e o duelo contra a Argentina foi suspenso), mas mesmo assim há uma queixa na Fifa e nos dizem que não podemos usar os jogadores", acrescentou o treinador.
Klopp foi ainda questionado sobre a ideia da Fifa de realizar um Mundial de dois em dois anos e não poupou nas críticas.
"Não há outro esporte no mundo com um calendário tão complicado. Não há nenhum esporte físico assim. Existem outros esportes exigentes como o atletismo ou as maratonas, mas eles não correm 20, 30 ou 40 dias por ano. Todos sabemos o que está acontecendo. Dizem que é para dar oportunidades a outros países, mas no fim de contas é tudo sobre dinheiro, é o que é", afirmou.
"Não há outro esporte no mundo com um calendário tão complicado. Não há nenhum esporte físico assim. Existem outros esportes exigentes como o atletismo ou as maratonas, mas eles não correm 20, 30 ou 40 dias por ano. Todos sabemos o que está acontecendo. Dizem que é para dar oportunidades a outros países, mas no fim de contas é tudo sobre dinheiro, é o que é", afirmou.
O técnico considerou que os jogadores são a peça fundamental no futebol e que grandes torneios todos os anos só os prejudicariam
"Imaginem que há um Mundial a cada dois anos e uma Eurocopa de dois em dois. Isso significa que os jogadores de alto nível jogam um grande torneio por ano. Significa que só terão uma pausa de três semanas por ano. Todas as ideias que surgiram nos últimos anos foram sempre para ter mais jogos. Isso não é correto a longo prazo", completou o alemão.