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Desobediência da Argentina faz Anvisa interromper jogo com Brasil em SP

Lo Celso, Romero e Emiliano Martínez não poderiam entrar em campo e tinham orientação para deixar o Brasil

05/09/2021 16:27 / atualizado em 05/09/2021 17:01
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Momento em que jogo foi paralisado pela Anvisa
foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Momento em que jogo foi paralisado pela Anvisa


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal interromperam a partida entre Brasil e Argentina, na Neo Química Arena, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, em função de desobediência por parte da AFA de mandar a campo os jogadores Lo Celso, Romero e Emiliano Martínez. Antes da partida, havia uma determinação da entidade sanitária para que o trio e o suplente Emiliano Buendía fossem deportados. 

De acordo com a Anvisa, Giovani Lo Celso, Cristian Romero, Emiliano Buendía e Emiliano Martínez não poderiam entrar no Brasil pelo fato de terem passado pela Inglaterra nas últimas duas semanas. O certo seria que o grupo realizasse uma quarentena de 14 dias antes de desembarcar em território nacional, conforme previsto na Portaria Interministerial nº.655/2021.

A medida vale para pessoas que estiveram no Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia.

A operação da Polícia Federal e da Anvisa seria realizada no vestiário, mas a delegação argentina se trancou e afirmou que iria embora caso alguém entrasse no local. O jogo começou e, aos cinco minutos, a partida foi paralisada na Neo Química Arena, em São Paulo. Naquele momento, agentes da Anvisa e da Polícia Federal conversaram com o delegado da partida para paralisar o duelo.

Depois disso teve um início uma confusão na beira do gramado. Até Messi e Neymar tentaram intervir, mas o clássico foi paralisado. Todos os jogadores da Argentina desceram ao vestiário, assim como os reservas do Brasil. Os titulares brasileiros permaneceram no gramado.

Brasil x Argentina: jogo é interrompido pela Anvisa



A Anvisa havia determinado horas antes da partida que os quatro jogadores argentinos fossem deportados, criando uma bolha para que eles saíssem do hotel e fossem direto para o Aeroporto de Guarulhos, onde embarcariam de volta para a Argentina.

A entidade de vigilância sanitária também notificou a Polícia Federal por supostos depoimentos falsos desses jogadores ao entrarem no Brasil. Antes de chegarem a São Paulo, os argentinos estavam na Venezuela, onde enfrentaram a seleção local também pelas Eliminatórias.

A Polícia Federal acompanhou a Anvisa até o hotel onde estava a Seleção Argentina, em São Paulo A delegação já havia deixado o local. Os policiais federais e a agência foram, então, para o estádio do Corinthians. No local, os jogadores foram notificados por infração sanitária, como está previsto em lei. A questão está sendo acompanhada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça.

Acordo entre confederações 'liberou' jogadores


Apesar disso, CBF, AFA e Conmebol entraram em um acordo, permitindo que os atletas atuem neste domingo. Lo Celso, Romero e Emiliano Martínez, inclusive, entraram como titulares da Seleção Argentina contra o Brasil. Emiliano Buendía, por sua vez, sequer foi relacionado para ficar como opção no banco de reservas.

Diante da desobediência das entidades, a Anvisa determinou que funcionários impedissem a realização do jogo. Um deles praticamente invadiu o campo quando a partida já tinha mais de quatro minutos.

Depois de certa confusão, a Seleção Argentina se retirou de campo e voltou para os vestiários. Os jogadores do Brasil seguem em campo aguardando uma definição se haverá ou não a continuação do duelo pela sexta rodada das Eliminatórias.



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