"No papel, esta geração de ouro merece mais do que uma eliminação nas quartas de final. Mas, na prática, tem sido muito difícil conseguir esse merecido prêmio", continua o jornal.
"Houve o Estádio Mané Garrincha, em Brasília em 2014 [quando a Bélgica foi eliminada do Mundial pela Argentina ao perder por 1 a 0], depois o estádio Pierre Mauroy em 2016 [derrota de 3 a 1 para o País de Gales na Euro-2016]. A partir de agora, a Allianz Arena estará entre os cemitérios que sepultaram os sonhos dos Diabos", afirma o francófono Sudpresse.
A Bélgica também foi eliminada pela França (1-0) nas semifinais da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Para La Denière Heure/Les Sports, "a geração de ouro não vai conquistar um título este ano. E talvez nunca ganhe. Este novo fracasso será difícil de digerir", diz o jornal.
"Esta Itália vai ficar cada vez mais forte. E outras seleções também. O medo de ser deixada para trás definitivamente existe", acrescenta. "Um novo trem passou", conclui Le Soir. "O último? Vamos fingir que não acreditamos, até a Copa do Mundo do Catar, em 17 meses", sentencia.
Se na Bélgica uma renovação da seleção começa a ser valorizada, por enquanto não respinga no técnico Roberto Martínez. O espanhol, com contrato até o Mundial de 2022, não aparece entre os pedidos de dispensa feitos pela mídia local. Mas o treinador se mostrou mais enigmático: "Não quero falar no calor do momento. A hora de análise virá mais tarde".