Real Madrid, Barcelona e Juventus estão na mira da Uefa, que informou nesta quarta-feira ter aberto um processo disciplinar contra os três clubes, diante de "uma eventual violação do quadro jurídico" da entidade. O motivo é a negativa dos três gigantes do continente em deixar a Superliga, torneio que seria disputado pela elite do futebol europeu e sem mediação de órgãos como a própria Uefa.
A entidade afirmou que nomeou inspetores para a avaliação de possíveis punições aos três clubes envolvidos. Na semana passada, os outros nove fundadores da competição - os ingleses Manchester City, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Tottenham e Arsenal; os italianos Milan e Internazionale; e o espanhol Atlético de Madrid -, que visava substituir a Liga dos Campeões mas que acabou ruindo menos de uma semana depois do seu lançamento, desistiram formalmente da ideia.
"De acordo com o artigo 31 (4) dos Regulamentos Disciplinares da Uefa, os inspetores de ética e disciplina da Uefa foram nomeados hoje (quarta-feira) para conduzir uma investigação disciplinar sobre uma possível violação do quadro jurídico da Uefa pelo Real Madrid CF, FC Barcelona e Juventus FC em relação ao projeto denominado 'Superliga'", disse o texto.
O presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferin, já havia alertado sobre possíveis sanções a equipes insistentes diante do projeto. Ainda não se sabe quais punições podem ser dadas, mas especula-se que eles possam ser excluídos de competições continentais como a Liga dos Campeões, entre outras sanções.
A Juventus, por sua vez, ainda corre o risco de ser excluída do Campeonato Italiano caso siga envolvida com a Superliga. Pelo menos foi o que disse Gabriel Gravina, presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla em italiano).
"Se a Juventus não respeitar as regras, também ficará fora da nossa competição. No momento da inscrição para o próximo Campeonato Italiano, estará excluída se não tiver abandonado a Superliga", declarou Gravina, no início desta semana.