Uma semana após o anúncio da Superliga europeia e a sua prévia condenação quase unânime no mundo do futebol, a Liga dos Campeões abre as suas semifinais nesta terça, às 16h, com um confronto de dois gigantes: Real Madrid do técnico Zidane contra o inglês Chelsea, no Santiago Bernabéu. Em jogo, está a chance de escantear qualquer questão política para fazer valer o lado esportivo da mais importante competição da Europa.
"O árbitro vai fazer o seu trabalho e nós vamos jogar futebol. Se pensarmos que tudo lá fora vai nos prejudicar, vai ser complicado. Temos de nos concentrar no jogo", afirmou o treinador.
Anunciada como um projeto amparado pelos gigantes da Europa, a Superliga logo perdeu força com a desistência dos três times mais poderosos da Itália: Juventus, Milan e Internazionale. As seis equipes inglesas que participavam da iniciativa também voltaram atrás. O mesmo caminho foi seguido pelo Atlético de Madrid. Na prática, somente os dois gigantes espanhóis mantiveram suas posições. E como o Barcelona foi eliminado nas oitavas de final, o Real Madrid é o único dos mentores que está na Liga dos Campeões.
Maior vencedor do torneio, com 13 títulos, o Real Madrid vai contar com dois reforços importantes: Hazard e Toni Kross. Quem tem boas chances de aparecer na equipe titular é o brasileiro Marcelo, já que Mendy está machucado. A baixa fica por conta do zagueiro Sergio Ramos.
No Chelsea, a Superliga também acabou entrando na pauta de perguntas para o treinador Thomas Tuchel. Ele seguiu a mesma linha de pensamento de Zidane, disse confiar na lisura da arbitragem e aposta num grande confronto. "Confio que a arbitragem fará o melhor possível e não acho que haja alguma vantagem ou desvantagem desse tipo em uma discussão política. Confio 100% na arbitragem", afirmou o treinador do time inglês.
Apesar da tradição e do forte elenco do time espanhol, Tuchel acredita num duelo equilibrado. Ele disse que uma das formas de enfrentar o Real é manter o nível de intensidade dos jogos. E os adversários superados até aqui provam que o Chelsea é merecedor de disputar uma vaga para as finais da Liga dos Campeões. "Tenho a sensação de que podemos jogar em alto nível em todos os jogos e, se não o fizermos, podemos impedir que o adversário se saia bem. Eles estão dispostos a trabalhar e sofrer juntos."
O jogo de volta das semifinais está marcado para a próxima quarta-feira (5) na casa dos ingleses. Na outra chave das semifinais, o PSG do brasileiro Neymar faz o primeiro jogo em casa contra o Manchester City. O confronto que decide o outro finalista será realizado no dia 4 (terça que vem).