Na vice-liderança do Nacional, os merengues buscam um desempenho de alto nível no campo para disfarçar o mal-estar criado com a UEFA. Além de ter sido um dos mentores da criação, Florentino Perez, mandatário do Real, é o presidente da Superliga. O ambiente tenso teve o seu ponto alto na irritação do técnico Zinedine Zidane ao ser questionado se sua equipe corria algum risco de sofrer retaliação por parte da arbitragem nos confrontos contra os ingleses.
"O árbitro vai fazer o seu trabalho e nós vamos jogar futebol. Se pensarmos que tudo lá fora vai nos prejudicar, vai ser complicado. Temos de nos concentrar no jogo", afirmou o treinador.
Anunciada como um projeto amparado pelos gigantes da Europa, a Superliga logo perdeu força com a desistência dos três times mais poderosos da Itália: Juventus, Milan e Internazionale. As seis equipes inglesas que participavam da iniciativa também voltaram atrás. O mesmo caminho foi seguido pelo Atlético de Madrid. Na prática, somente os dois gigantes espanhóis mantiveram suas posições. E como o Barcelona foi eliminado nas oitavas de final, o Real Madrid é o único dos mentores que está na Liga dos Campeões.
Maior vencedor do torneio, com 13 títulos, o Real Madrid vai contar com dois reforços importantes: Hazard e Toni Kross. Quem tem boas chances de aparecer na equipe titular é o brasileiro Marcelo, já que Mendy está machucado. A baixa fica por conta do zagueiro Sergio Ramos.
No Chelsea, a Superliga também acabou entrando na pauta de perguntas para o treinador Thomas Tuchel. Ele seguiu a mesma linha de pensamento de Zidane, disse confiar na lisura da arbitragem e aposta num grande confronto. "Confio que a arbitragem fará o melhor possível e não acho que haja alguma vantagem ou desvantagem desse tipo em uma discussão política. Confio 100% na arbitragem", afirmou o treinador do time inglês.
Apesar da tradição e do forte elenco do time espanhol, Tuchel acredita num duelo equilibrado. Ele disse que uma das formas de enfrentar o Real é manter o nível de intensidade dos jogos. E os adversários superados até aqui provam que o Chelsea é merecedor de disputar uma vaga para as finais da Liga dos Campeões. "Tenho a sensação de que podemos jogar em alto nível em todos os jogos e, se não o fizermos, podemos impedir que o adversário se saia bem. Eles estão dispostos a trabalhar e sofrer juntos."
O jogo de volta das semifinais está marcado para a próxima quarta-feira (5) na casa dos ingleses. Na outra chave das semifinais, o PSG do brasileiro Neymar faz o primeiro jogo em casa contra o Manchester City. O confronto que decide o outro finalista será realizado no dia 4 (terça que vem).