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Gigantes da Alemanha, PSG, Porto e Ajax são contra a criação da Superliga

Criadores da Superliga Europeia queriam reunir todos os gigantes do futebol mundial

Estadão Conteúdo
CEO do Bayern, o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge, vai se juntar ao Comitê Executivo da Uefa - Foto: AFP/Christof Stache
Os criadores da Superliga Europeia queriam reunir todos os gigantes do futebol mundial. Chegaram a fazer um slogan com 16 equipes, no qual constavam ainda Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Paris Saint-Germain e Roma. E convidaram outros tantos. Os gigantes alemães, assim como o campeão francês, desistiram de apoiar a nova liga. Ganharam, ainda, companhia de outros grandes de outros países europeus, casos de Porto e Ajax.



"Os membros do conselho foram de opinião clara na noite de domingo que rejeitam a fundação de uma Superliga. Os dois clubes alemães, Bayern e Dortmund, foram da mesma opinião em todas as discussões", anunciou o Borussia Dortmund em suas redes sociais, revelando a decisão dos dois rivais em reunião com os demais dirigentes da Superliga.

A prova que o Bayern de Munique em nenhum momento aceitou a ideia é que seu CEO, o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge, vai se juntar ao Comitê Executivo da Uefa, substituindo Andrea Agnelli, presidente da Juventus e um dos idealizadores da Superliga. Ao aceitar o convite, ele deixa claro em qual lado da história o Bayern optou estar.

O primeiro nome para substituir Agnelli era o de Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, que preferiu não aceitar. O clube francês optou não participar da Superliga mais pela parte política, já que Al-Khelaifi preside a TV Al-Jazeera, que detém os direitos de transmissão da Liga dos Campeões para o mundo árabe e também será a responsável por transmitir a Copa do Mundo do Catar.



A Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) endossou a recusa dos clubes e mostrou-se totalmente contra a criação da Superliga. Em comunicado, demonstrou total apoio à Uefa. "A Federação Alemã de Futebol (DFB) assume uma posição clara contra o conceito de uma Superliga Europeia. O futebol sempre deve ter a ver com desempenho em campo. Ele decide a promoção e rebaixamento, bem como a qualificação para as respectivas competições", informou a entidade.

E foi além: "Os interesses comerciais de alguns clubes não devem levar à abolição da solidariedade e união há muito estabelecidas no futebol. Cada clube tem de decidir se pretende continuar a fazer parte da estrutura geral harmoniosa e organizada do futebol, ou seguir os seus interesses egoístas longe da Uefa e das associações nacionais de futebol".

João Nunes Pinto, presidente do Porto, revelou que foi consultado, mas que está satisfeito com as competições organizadas pela Uefa. "Houve contatos informais de alguns clubes, mas não demos grande atenção porque a União Europeia não permite que haja um circuito fechado de competições como na NBA, por exemplo", afirmou.



O dirigente português não vê motivos para disputar competições não oficiais. "Estando a Federação Portuguesa de Futebol contra isso, e fazendo ela parte da Uefa, não podemos participar numa coisa que é contra os princípios e regras. Se isso for para a frente, algo que eu ponho muitas dúvidas, a Uefa não vai acabar e com certeza que continuarão tendo competições", seguiu. "Há que reconhecer que a Uefa organiza as competições oficiais. Estamos na Liga dos Campeões e esperamos continuar por muitos anos".