A Fifa, entidade que comanda o futebol no mundo, declarou a abertura de um inquérito oficial para investigar cantos homofóbicos que foram ouvidos durante a partida entre México e República Dominicana, no dia 18 de março, válida pela Classificatória Olímpica da Concacaf, instituição que cuida do futebol na América do Norte, Central e Caribe).
"A Fifa confirma a abertura de um procedimento disciplinar contra a FMF devido aos incidentes discriminatórios", afirmou a entidade máxima do futebol em comunicado oficial. Os gritos homofóbicos também foram ouvidos em jogo do México contra os Estados Unidos, no dia 24 de março, mas a Fifa ainda não decidiu se também abrirá uma investigação para analisar este segundo caso.
O incidente com a seleção norte-americana aconteceu no segundo tempo do duelo, após um breve desentendimento entre o goleiros dos EUA, David Ochoa, e o zagueiro mexicano, Alejandro Mayorga. O arqueiro seguiu para uma cobrança de falta quando foram ouvidos das arquibancadas os gritos de cunho homofóbicos.
As punições variam desde uma multa aplicada à FMF (Federação Mexicana de Futebol) até a perda dos três pontos conquistados com a vitória por 4 a 1. Caso o México de fato perca tal pontuação, o resultado será revertido para 3 a 0 para os dominicanos.
A diferença na pontuação e, consequentemente, no saldo de gols, empurraria a seleção do México para o segundo lugar do Grupo A, e seu adversário na semifinal do torneio passaria a ser Honduras, e não mais o Canadá.
A Fifa já chamou a atenção das autoridades mexicanas pela primeira vez em 2014, na Copa do Mundo realizada no Brasil. Na ocasião, apenas advertências foram feitas. A Classificatória Olímpica da Concacaf acontece em Guadalajara, no México, e conta com uma presença limitada de torcedores em razão da pandemia de COVID-19.