Fora do Brasil, o jogador mais atuante na batalha contra os videogames é o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, do Milan. No final de novembro, o veterano de 38 anos questionou a utilização de sua imagem no recém-lançado FIFA 21 e cativou o apoio de outros atletas, que apresentaram queixa parecida. A empresa responsável pelo jogo virtual procurou se defender.
Ibrahimovic usou o Twitter para questionar quem havia autorizado a utilização de sua imagem. A pivô da polêmica é uma entidade chamada FIFPro, uma espécie de sindicato de jogadores. A desenvolvedora do jogo, a EA Sports, garante que tem um acordo com a entidade para permitir a utilização das imagens dos atletas, enquanto que o sueco diz não ter conhecimento disso.
"Quem deu permissão ao 'Fifa EA Sport' para usar meu nome e rosto? FiFpro? Não sei se sou membro do FiFpro e, se for, fui colocado lá sem nenhum conhecimento real por meio de alguma manobra estranha. E com certeza nunca dei autorização à Fifa ou à FiFpro para ganhar dinheiro às minhas custas", escreveu nas redes sociais. Dias depois, o galês Gareth Bale, do Tottenham, manifestou que apoiava o sueco.
Ao jornal espanhol Mundo Deportivo, a EA Sports se defendeu. "Temos os direitos contratuais de incluir a imagem de todos os jogadores atualmente em nosso videogame. Como já dissemos, adquirimos essas licenças diretamente de ligas, times e jogadores individuais", disse a empresa, que garante estar segura diante das reclamações de Ibrahimovic.
"Trabalhamos com a FIFPro para garantir que possamos incluir o máximo de jogadores possível para criar o videogame mais realista. Nesses casos, nossos direitos de sósia de jogador são concedidos por meio de nosso contrato de clube com o AC Milan e nossa parceria exclusiva contínua com a Premier League (Campeonato Inglês), que inclui todos os jogadores do Tottenham Hotspur", explicou a EA Sports.