Nesta quarta-feira (25), o mundo do futebol se despede de um dos maiores de todos os tempos. Diego Maradona morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória, aos 60 anos. O astro nunca teve a oportunidade de jogar em solo mineiro, mas já 'torceu como um louco' e foi ovacionado no Mineirão.
O dia era 21 de junho de 2014. Maradona ainda estava melhor de saúde. Aparentava um certo cansaço, natural pela agitação dos dias de Copa do Mundo. Naquele momento, estava longe das drogas e do álcool.
Maradona ficou menos de 24 horas em Belo Horizonte, porque estava hospedado no Rio de Janeiro, onde apresentava um programa para uma TV venezuelana. Ele veio para a capital mineira apenas para assistir ao duelo com o Irã, vitória alviceleste por 1 a 0, gol de Messi, pela fase de grupos do Mundial.
Recepcionado por representantes do governo mineiro, Maradona aproveitou a oportunidade para elogiar o carinho recebido em Belo Horizonte, e criticou o episódio ocorrido com ele no Maracanã. Na estreia dos hermanos na Copa de 2014, o ex-jogador foi barrado e não pôde circular por todos os setores do estádio, pois não tinha credenciamento para tanto.
“Estou muito contente por estar em Belo Horizonte. Agradeço toda gente de Minas Gerais que está me tratando com muito carinho e muito respeito. E realmente estou muito feliz em estar em Belo Horizonte vendo a Argentina, graças a muita gente que fez com que o acesso ao campo fosse bem mais simples do que no Maracanã”, disse Maradona.
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Maradona também fez elogios ao Mineirão: "Minas Gerais tem tradição no futebol e merecia um estádio como este. Para o povo de Minas Gerais um abraço grande e um agradecimento para todos porque me trataram muito bem”, completou.
Durante o jogo, o telão mostrava com frequência Maradona e sua filha nas cadeiras do estádio. A cada lance, Maradona sofria com o jogo duro. Era dia de um torcedor fanático pela sua seleção. O grito de alívio só saiu da boca do astro no acréscimos do jogo, quando Messi marcou um golaço de fora da área.
Os argentinos ficaram ensandecidos. E o Mineirão virou uma cancha, com cânticos da seleção e saudações ao ídolo maior, Maradona, que estava lá, comemorando como um louco nos camarotes e sendo ovacionado por todos.
Durante a passagem por BH, Maradona ainda recebeu uma camisa autografada de Ronaldinho Gaúcho, com quem tinha uma amizade muito forte.