Durante uma palestra a um comitê do parlamento inglês na manhã desta terça-feira, focado em diversidade, Clarke se referiu a jogadores negros como "atletas de cor" e afirmou que pessoas do sul da Ásia tem interesses de carreira diferente aos dos afro-caribenhos, citando como exemplo a área de tecnologia da informação. Ainda citou a homossexualidade como uma 'escolha de vida' e criticou as goleiras do futebol feminino.
Poucas horas depois, Clarke renunciou ao cargo e pediu desculpas por ter ofendido pessoas com suas declarações. "As minhas palavras inaceitáveis perante o Parlamento foram um péssimo serviço para o nosso jogo e para aqueles que o assistem, jogam, arbitram e administram. Isso cristalizou minha decisão de seguir em frente", afirmou o ex-dirigente em comunicado.
"Estou profundamente triste por ter ofendido essas diversas comunidades no futebol que eu e outros trabalhamos tanto para incluir. Gostaria de agradecer aos meus amigos e colegas do jogo pela sabedoria e pelos conselhos que compartilharam ao longo dos anos e renunciaram à federação imediatamente", completou Clarke.
Em abril de 2019, o dirigente havia se posicionado firmemente contra o racismo e intensificado a luta contra a discriminação racial no futebol. Confira o vídeo:
A FA também publicou uma nota após a saída de Clarke e garantiu que apoia a diversidade no futebol. "Gostaríamos também de reafirmar que, como organização, estamos absolutamente comprometidos em fazer tudo o que pudermos para promover a diversidade, abordar a desigualdade e combater todas as formas de discriminação no jogo", declarou a entidade.
O cargo de presidente da FA será ocupado interinamente por Peter McCormick. O processo eleitoral para escolher um novo presidente para a FA deve começar ainda nesta semana.