O ministro italiano dos Esportes, Vincenzo Spadafora, garantiu nesta quinta-feira que Cristiano Ronaldo poderia ter violado o protocolo anticovid ao retornar de Portugal a Turim após ter testado positivo para o novo coronavírus.
“Sim, acredito nisso, não houve autorização específica das autoridades de saúde”, respondeu Spadafora a Rai Uno quando questionado se o jogador português da Juventus violou os protocolos italianos de combate à pandemia.
O atacante da Juve deixou a concentração da Seleção Portuguesa nas redondezas Lisboa na quarta-feira, ao ser informado que havia testado positivo para COVID-19, e regressou imediatamente para sua casa, em Turim, num avião médico.
"Cristiano Ronaldo regressou à Itália num avião médico autorizado pelas autoridades sanitárias competentes a pedido do jogador e ficará isolado em casa", afirmou a Juventus através de um comunicado.
Cinco vezes vencedor do prêmio Bola de Ouro, concedido ao melhor jogador do mundo, o atacante estava "assintomático" após ter testado positivo na segunda-feira, um dia depois de ter disputado um amistoso em Paris contra a França (0-0).
Este incidente se soma à polêmica ocorrida uma semana antes, quando o craque deixou a cidade de Turim para integrar a seleção portuguesa, segundo as autoridades sanitárias, já violando o protocolo porque dois integrantes da equipe da Juventus testaram positivo para coronavírus.
Spadafora defendeu a validade dos protocolos existentes no esporte profissional.
“Quando alguém não os respeita é que aparecem os casos que lemos na imprensa”, afirmou.
Todo o elenco da Juventus está mais uma vez em quarentena, já que além de Cristiano Ronaldo, o meia americano Weston McKennie também está infectado.
Spadafora também descartou por enquanto que o governo autorize o aumento da presença do público nos estádios para 25% da capacidade do local (para o máximo de 1.000 agora), conforme reivindicado pelas associações de torcedores.