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COPA LIBERTADORES

Times uruguaios e argentinos se trancam em hotéis antes de retomar a Libertadores

Boca Juniors e River Plate tiveram vários casos da doença

Estadão Conteúdo
Boca Juniors e River Plate (foto) tiveram vários casos da doença - Foto: River Plate/divulgação Os dois principais rivais do futebol brasileiro na América do Sul estão com uma programação bem rigorosa para a retomada da Copa Libertadores. Times da Argentina e do Uruguai estão com os elencos fechados em hotéis há alguns dias e sem liberar os jogadores para voltarem para casa. A medida foi tomada especificamente para minimizar o risco de contaminação com o novo coronavírus durante as viagens para o exterior.



Boca Juniors e River Plate tiveram vários casos da doença e estão confinados em seus centros de treinamento há alguns dias. Os times só vão sair de lá rumo ao aeroporto, de onde embarcam para compromissos fora de casa pela competição. Embora longe de ter a mesma estrutura que os dois grandes argentinos, o Defensa y Justicia também está em isolamento, já que a liga local ainda não foi retomada.

"Estamos com uma estrutura mínima para funcionar. Tem os jogadores, dois cozinheiros e um camareiro para manter as atividades diárias da nossa bolha. Nossa orientação para o time é procurar ficar o maior tempo possível em ambiente aberto", disse ao Estadão o presidente do clube, José Lemme. O próximo compromisso da equipe argentina será nesta quinta-feira diante do Delfín, do Equador, dentro de casa.

O dirigente disse ter pedido para a Conmebol aprimorar com os aeroportos até o processo de desembarque. "É importante ser rápido para fazer a imigração no novo país, sem precisar de filas e de aglomeração. Para mim, a parte de viagem é a mais delicada. Quando se está no estádio, eu sinto que estamos mais seguros", comentou Lemme.



O Campeonato Uruguaio recomeçou em agosto. Para voltar a jogar pela Libertadores, os dois grandes clubes do país, Nacional e Peñarol, produziram uma cartilha de cuidados em conjunto com as autoridades médicas do país. Os jogadores vão ficar em regime de concentração a partir desta semana até o final do mês e só depois disso poderão voltar para casa. Até os alimentos consumidos pelos atletas vão passaram por uma rígida inspeção.

Em vez de utilizar o próprio centro de treinamento, o Nacional vai se preparar no resort onde está hospedado. A maior preocupação do time é com uma longa viagem para a cidade de Mérida, na Venezuela, na próxima semana. Como os aeroportos venezuelanos fecham cedo, a equipe terá de permanecer um dia a mais por lá e só vai retornar para Montevidéu na manhã seguinte.