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Com gol de brasileiro, Sevilla bate Inter de Milão e fatura Liga Europa pela 6ª vez

Time espanhol chegou ao hexacampeonato graças ao gol do zagueiro brasileiro Diego Carlos

Estadão Conteúdo
Sevilla superou a Inter de Milão pelo placar de 3 a 2 - Foto: AFP
O Sevilla confirmou nesta sexta-feira sua soberania na Liga Europa. Em sua sexta final, levantou mais uma vez o troféu, ao derrotar a Inter de Milão, de virada, por 3 a 2, em jogo disputado na cidade alemã de Colônia. O time espanhol chegou ao hexacampeonato graças ao gol do zagueiro brasileiro Diego Carlos, que anotou uma bela bicicleta no segundo tempo.



A movimentada final também teve como destaque o holandês Luuk de Jong, autor dos outros dois gols da equipe espanhola. Lukaku e Godín balançaram as redes pela Inter. A final foi marcada por tempos distintos. O primeiro, disputado em ritmo acelerado, contou com quatro gols. O segundo tempo, mais cadenciado, teve apenas um. Curiosamente, quatro dos cinco gols da partida saíram de lances de bola parada.

O triunfo levou o Sevilla ao hexacampeonato do torneio que está abaixo somente da Liga dos Campeões na Europa. A equipe espanhola já havia levantado o troféu da Liga Europa (antiga Copa da Uefa) nas temporadas 2005-06, 2006-07, 2013-14, 2014-15 e 2015-16.

O JOGO - Inter e Sevilla não decepcionaram no primeiro tempo da decisão. Os dois times fizeram um duelo movimentado, com boas chances para ambos os lados e quatro gols. Logo aos dois minutos, a Inter de Milão abriu o placar em uma jogada típica do seu futebol atual. Na base da velocidade, iniciou contra-ataque, que alcançou rapidamente Lukaku. O belga ganhou a disputa com o marcador na corrida, entrou na área e foi derrubado: pênalti.



Ele mesmo cobrou e mandou no canto direito e rasteiro do goleiro Bounou. Foi o sétimo gol de Lukaku na Liga Europa, atrás apenas de Bruno Fernandes (8), do Manchester United, na artilharia.

O Sevilla não se abalou com o gol precoce e foi para cima. Aos 11, Navas cruzou da direita e De Jong se antecipou à marcação para cabecear firme, sem dar chances ao goleiro Handanovic. Aos poucos, o time espanhol passou a se impor em jogo e exibia ligeira superioridade. Tinha maior posse de bola, criava mais e também assustava mais no ataque. Do outro lado, a Inter aguardava o momento certo para partir em contra-ataque.

O maior volume de jogo do Sevilla trouxe consequências aos 32. Banega cobrou falta na área e mais uma vez De Jong cavou seu espaço na área, mais distante dos marcadores, e cabeceou para as redes, encobrindo Handanovic.

A Inter respondeu apenas três minutos depois e também em lance de bola parada. Aos 35, após cobrança de falta na área, Godín escorou de cabeça para empatar. O Sevilla quase deu o troco ainda no primeiro tempo. Aos 46, Ocampos cabeceou com perigo e a bola chegou a pegar no travessão.



O segundo tempo em Colônia foi de menos emoções. Os dois times passaram a adotar postura mais cautelosa, concentrando o jogo no meio-campo. E o Sevilla, com um setor mais reforçado, passou a controlar a partida. A Inter atuava mais recuada, sentindo falta de um armador, apesar de ter Christian Eriksen no banco de reservas. Lautaro Martínez, que também cumpre esse papel, estava em dia apagado.

Mas o jogo seguia interessante porque a Inter continua perigosa nos contra-ataques. Na melhor chance na etapa final, Lukaku disparou em velocidade aos 19, entrou na área contendo dois marcadores e finalizou em cima do goleiro.

O Sevilla, mais paciente, era mais lento para buscar suas chances. Mas era mais efetivo. Aos 29, chegou ao terceiro gol e à virada em mais um lance de bola parada. Após cobrança de falta na área, o zagueiro brasileiro Diego Carlos acertou uma inesperada bicicleta e surpreendeu a zaga e o goleiro da Inter.



Foi somente quando levou o terceiro gol que o técnico da Inter, Antonio Conte, resolveu fazer mudanças. Colocou em campo de uma só vez Eriksen e Alexis Sánchez, substituto de Lautaro. Reforçando o setor ofensivo, a equipe de Milão até esboçou certa pressão na reta final da partida, mas não tinha a mesma consistência dos rivais espanhóis.

Mais sólido em todos os setores, o time comandado pelo técnico Julen Lopetegui soube administrar a pequena vantagem no placar, sem sofrer maiores sustos nos minutos finais da decisão.