À frente da Associação de Futebol Argentino (AFA) desde 2017, Claudio Tapia foi reeleito nesta terça-feira para um novo mandato de quatro anos à frente de uma das principais federações do continente. Ele deve permanecer no mais alto cargo da entidade até o ano de 2025, uma vez que o atual mandato só se encerrará em 2021.
Tapia foi eleito com apoio unânime dos representantes dos 46 clubes, sendo 24 da primeira divisão e 22 das categorias inferiores em uma assembleia realizada de forma virtual, em razão da pandemia do novo coronavírus. Sua reeleição já estava garantida antes mesmo deste encontro porque não houve nenhum concorrente.
Apesar da fácil vitória, o presidente da AFA terá que conviver com uma nova estrutura de poder, por exigência dos principais clubes da Argentina. Na assembleia, foi criada a Liga Profissional, que vai substituir a Superliga Argentina de Futebol - esta entidade atuava com autonomia em relação à AFA.
A Liga Profissional será presidida por Marcelo Tinelli, presidente do San Lorenzo e famoso na Argentina por também ser apresentador de televisão. Também vão participar diretamente da gestão da liga os presidentes do River Plate, Rodolfo D'Onofrio; do Boca Juniors, Jorge Amor Ameal; do Independiente, Hugo Moyano; e do Racing, Víctor Blanco.
"Nosso futebol estava dividido: uma parte com a AFA, uma com a Superliga, outra com os dirigentes dentro do Comitê da AFA e outra no Conselho Executivo da Superliga. Hoje vamos começar a deixar tudo isso para trás", declarou Tapia, logo após ser reeleito.
A mesma assembleia desta terça confirmou a suspensão dos rebaixamentos por dois anos com o objetivo de proteger os clubes da crise econômica causada pela pandemia. A ideia é que a interrupção dos jogos e dos campeonatos não se tornem uma desvantagem esportiva.