"Estamos separados pela distância física, mas estou convencido de que nunca estivemos tão juntos. Empatia é o que nos une agora O espírito coletivo, responsabilidade, humanidade. Estamos dentro de nossas casas por nós mesmos, por aqueles que amamos, por todos que nem conhecemos e por aqueles que não podem mais estar conosco. Ajudamos um ao outro, aprimorando essa solidariedade de várias maneiras", diz um trecho da carta.
Ronaldo relembrou um dos momentos mais difíceis de sua carreira, a primeira lesão no joelho, e outras dificuldades que podem servir como inspiração para que as pessoas possam superar a doença e os desafios impostos pelo vírus.
"Quando sofri minha primeira e mais grave lesão no joelho, havia pessoas que disseram que eu nunca mais jogaria futebol e que nunca mais voltaria a andar. Senti como se minha própria vida estivesse sendo tirada de mim. Foi nesses momentos que meus limites foram testados, e lutei para mudar essas opiniões e mostrar a todos que eu podia fazer o que mais queria. Foram três anos muito difíceis de reabilitação, motivados pelo desejo de voltar a sentir tudo o que eu só podia sentir em campo, com a bola nos pés. No final, chegou talvez o mais emblemático de toda a minha carreira: em 2002, lá estava eu, no Japão, disputando uma final da Copa do Mundo com o Brasil. Marcando dois gols contra a Alemanha. Para o meu país, o título pentacampeão, para mim, a consagração do meu retorno", escreveu o ex-jogador.
No começo do mês, Ronaldo pediu para que as pessoas ficassem em casa e respeitassem a quarentena na Espanha. Ele mora em Valladolid e disse estar trabalhando de sua casa e mantendo contato virtual com os funcionários do clube e as entidades de futebol. O Campeonato Espanhol, assim como as outras principais liga da Europa, ainda não tem data para ser retomado.