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RONALDINHO GAÚCHO

MP indicia funcionários que permitiram entrada de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai

Segundo promotor, funcionários públicos teriam participação direta no caso

Estadão Conteúdo
Ronaldinho está detido em Assunção desde a última sexta - Foto: NORBERTO DUARTE/AFP
O Ministério Público do Paraguai indiciou cinco pessoas, sendo quatro funcionários públicos, que supostamente facilitaram a entrada de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, no país com passaportes falsos na semana passada. Os ex-jogador e o irmão estão detidos desde sexta-feira em um presídio de segurança máxima na capital Assunção.



Segundo o promotor Federico Delfino, os funcionários públicos teriam participação direta na entrada de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão no Paraguai ao receberam os passaportes no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, na cidade de Luque, e não alertarem as autoridades de que os documentos eram falsos. Eles, inclusive, até carimbaram os passaportes, permitindo a entrada dos brasileiros.

José Gustavo Molinas (de 47 anos) e Jorge Rodrigo Villanueva Torales (de 35), funcionários da Diretoria de Migração, foram denunciados por produção de documentos públicos de conteúdo falso e associação criminosa. Também foram acusadas dos mesmos crimes Shirley Elizabeth Delvalle Enciso (de 31) e Rosa Carolina Miranda Argüello (de 40), que trabalharam na Direção Nacional de Aeronáutica Civil, assim como Stella Marys Lugo.

O Ministério Público investiga uma possível organização estruturada de maneira a facilitar o desenvolvimento e o uso de documentos de identidade e passaportes de conteúdo falso. O esquema contaria com a participação de funcionários estatais e privados e o objetivo seria obter negócios ilegais e benefícios patrimoniais.



Ronaldinho Gaúcho e o irmão tiveram o pedido de transferência para prisão domiciliar negado na terça-feira. A Justiça determinou que eles precisavam permanecer em um presídio durante a investigação. O inquérito pode durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

Os advogados agora trabalham para recorrer à Segunda Instância. A defesa alega que o ex-jogador não sabia que o passaporte que deram a ele havia sido adulterado.