A investigação criminal iniciada no Paraguai contra Ronaldinho e Assis, além de outros empresários paraguaios e brasileiros, vem seguindo rumos inesperados nos últimos dias. Inicialmente, o caso era sobre uma "simples" falsificação de documentos de identidade para os irmãos. No entanto, a história começou a tomar outras direções desde sexta-feira à noite.
Quando tudo indicava que Ronaldinho poderia deixar o Paraguai de acordo com solicitação dos promotores que inicialmente estavam envolvidos no caso, a oposição de um juiz a libertá-los da investigação e a mudança de postura da Procuradoria Geral do Estado terminaram com a prisão de ambos.
No âmbito da investigação sobre a produção e utilização de documentos de conteúdo falso, pelos quais os irmãos Ronaldinho e Assis são processados e mantidos sob custódia, bem como o empresário Wilmondes Sousa Lira e duas mulheres paraguaias, Legal também solicitou a prisão da empresária Dalia López.
O promotor do caso havia solicitado relatórios ao Subsecretário de Estado de Tributação e à Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. O requerimento está centrado em Dalia, a mulher que levou o craque para o país, cuja imagem deveria ser usada por sua fundação Fraternidade Angelical.
Algumas versões até indicam que Ronaldinho e seu irmão estavam procurando iniciar negócios no território paraguaio e que Dalia planejava ser a principal parceira deles no país. A mulher sempre se mostrou como alguém próximo ao poder político, principalmente do atual presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, filho do secretário particular do ditador Alfredo Stroessner. De fato, a versão que os irmãos começariam negócios no Paraguai foi confirmada pelo advogado dos irmãos, Sergio Queiroz.