Depois de serem presos preventivamente na noite desta sexta-feira em Assunção, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis deixaram o complexo da Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde passaram a noite em uma cela após pedido de detenção pela Procuradoria Geral.
Ainda na manhã deste sábado, Ronaldinho e Assis foram algemados e conduzidos para nova audiência no Palácio de Justiça da capital paraguaia. A juíza Clara Ruiz Diaz determinará se eles continuam presos ou não pelo uso de documentos falsos.
O caso se desdobra desde a noite de quarta-feira, quando o ex-jogador e seu irmão e empresário foram alvos de busca da polícia do Paraguai no quarto de hotel em que estavam pelo uso de uma identidade e um passaporte paraguaios, ambos falsos.
Na quinta-feira, o Ministério Público do país havia decidido não abrir processo formal contra Ronaldinho e Assis. Na sexta, porém, o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, não aceitou a recomendação e deu 10 dias para a promotoria investigar o caso e dar o parecer definitivo.
Com isso, o caso foi para a Procuradoria Geral, que pediu a prisão preventiva do ex-jogador, pentacampeão mundial de futebol com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002, e Assis, que atua como seu empresário. A prisão aconteceu quando os dois haviam trocado de hotel.
Na manhã desta sexta, o promotor Federico Delfino chegou a declarar que os investigadores detectaram que o pedido de naturalização paraguaia de Ronaldinho e o irmão foi registrado no Departamento de Migração do Paraguai.
O ex-jogador e seu irmão disseram que não solicitaram esse procedimento e o Ministério Público, então, anunciará que investigará um possível esquema de falsificação de documentos que envolve funcionários públicos e pessoas do setor privado.