O código, desenvolvido após consulta das seis confederações de futebol e outras entidades relacionadas, introduz modificações significativas em áreas como o racismo e a discriminação que, segundo a Fifa, colocam a entidade liderada pelo suíço Gianni Infantino "na linha de frente do combate a este ataque aterrador aos direitos humanos fundamentais".
"A menos que existam circunstâncias excepcionais, se uma partida for abandonada pelo árbitro por causa de conduta racista e/ou discriminatória, será atribuída a derrota à equipa infratora", afirmou a Fifa em seu novo Código Disciplinar.
A medida pode ser aplicada depois de o árbitro aplicar o "procedimento de três etapas" para tais incidentes, o que inclui solicitar um anúncio público para exigir que tal comportamento pare, suspender a partida até que esses comportamentos parem e, finalmente, abandonar a partida definitivamente.
A entidade estipulou castigos mais pesados para jogadores e outros responsáveis que se envolvam em abusos racistas, duplicando de cinco para 10 jogos o período de suspensão, e vai criar painéis de juízes para ouvirem as vítimas de racismo e discriminação.
O novo Código Disciplinar será aplicado inicialmente apenas nas competições oficiais da Fifa, incluindo as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar.