Lanterna da última Copa do Mundo, há quase um ano sem vencer, com treinador recém-contratado e com elenco reduzido e inexperiente. O Panamá que vai enfrentar a Seleção Brasileira, neste sábado, em amistoso em Portugal, está longe de ser um teste à altura das dificuldades a serem enfrentadas pela equipe de Tite na Copa América.
A equipe do país da América Central ocupa a 76ª posição no ranking da Fifa, colocação pior do que a de todas as seleções que estarão na disputa da Copa América. O Panamá fechou o Mundial da Rússia com a maior goleada sofrida na competição (6 a 1 diante da Inglaterra) e com a pior campanha entre os 32 participantes.
A última vitória panamenha foi em abril do ano passado, em amistoso contra Trinidad e Tobago. Desde então a equipe acumula 11 partidas sem vencer e levou a federação a mudar de planos há cerca de um mês. A decisão foi trocar o comando e escolher o interino Julio Dely Valdés, ex-atacante, ídolo do futebol local e que assume o posto pela terceira vez.
"Sabemos da dificuldade que é jogar contra o Brasil. Além do resultado, devemos nos sentir bem. Vamos jogar com respeito, mas sem medo. Vamos buscar mostrar nosso potencial", disse o técnico, conhecido no país pelo apelido de Panagol.
O treinador chamou para o amistoso contra o Brasil uma lista reduzida de jogadores. Em vez de 23 nomes, como fez Tite, o panamenho vai contar apenas com 18 atletas. Dez deles estiveram na Copa da Rússia e nenhum atua em grandes ligas. O único que joga em um país renomado, a Espanha, defende um clube da quarta divisão.
A comissão técnica também é pequena e tem apenas 14 profissionais - a Seleção Brasileira conta com mais de 20 membros. O treinador tem como assistente técnico o seu irmão gêmeo, Jorge Dely Valdéz, também ex-jogador.
O contrato do novo técnico vai apenas até a realização dos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru, em julho e agosto. Em junho, o Panamá vai disputar a principal competição do ano, a Copa Ouro, e até lá quer se preparar em amistosos contra rivais mais fortes do que os adversários diretos das Américas Central e do Norte e do Caribe.
Enquanto o Brasil terá outro compromisso, na terça-feira contra a República Checa, os panamenhos se reuniram apenas para o amistoso deste sábado. "Vamos competir em busca de fazer o nosso jogo. Sabemos do potencial do Brasil", disse o goleiro Luis Mejía, que joga no Nacional, do Uruguai.
Os panamenhos estão hospedados no Porto em um hotel distante do centro. A equipe realizou os treinos em estádios de times amadores e na sede do time B do Porto. "Nós temos evoluído. Temos que seguir acreditando nos jogadores panamenhos e por isso estamos aqui. É questão de lapidar os jogadores. Eles têm cada vez mais talento", comentou o técnico.
Brasil e Panamá têm em comum um algoz. A Bélgica derrotou ambos na Copa do Mundo. Antes de eliminar a seleção de Tite, nas quartas de final, a equipe belga estreou na Rússia com uma vitória por 3 a 0 sobre os panamenhos.
FUTEBOL INTERNACIONAL
Rival do Brasil em amistoso, seleção do Panamá não vence há quase um ano
Equipe do país da América Central ocupa a 76ª posição no ranking da Fifa
postado em 22/03/2019 08:20 / atualizado em 22/03/2019 10:49