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Presidente do Blooming pede punição a brasileiro que foi alvo de atos racistas na Bolívia

Dirigente do clube disse já ter apresentado a denúncia ao TJD

Estadão Conteúdo
Juan Jordán, presidente do Blooming, criticou o brasileiro - Foto: Divulgação/Blooming
Depois que a torcida do Blooming proferiu ofensas racistas contra o brasileiro Serginho, o presidente do clube boliviano, Juan Jordán, surpreendeu ao pedir punição ao atacante do Jorge Wilstermann. Serginho deixou o gramado nos minutos finais da partida entre as duas equipes em protesto aos atos racistas.

"Nós solicitamos a suspensão de um ano para o jogador porque este senhor também tem precedentes de racismo contra os bolivianos", declarou o dirigente, na noite de terça. Apesar disso, o Blooming condenou as demonstrações de racismo dos seus torcedores após a partida.

Jordan disse já ter apresentado a denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva e alegou que o brasileiro havia feito provocações à torcida do time que comanda. O Wilstermann também apresentou denúncia ao mesmo tribunal. "Vamos aceitar a decisão que virá do tribunal", disse o presidente do Blooming, antes de destacar que também espera uma resposta às demandas do seu clube diante do mesmo órgão.

Serginho, que está no Jorge Wilstermann desde 2017, abandonou o campo do estádio Ramón Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra, aos 40 minutos do segundo tempo da partida realizada na noite de domingo, após ser alvo dos insultos racistas.
O brasileiro iria executar uma cobrança de escanteio, mas, ao ser alvo dos insultos, cruzou o gramado e abandonou a partida. O Blooming venceu o Wilstermann por 2 a 0 em partida do Torneio Apertura nacional.

Após o episódio de racismo, o brasileiro e o Jorge Wilstermann contaram com o apoio da Federação Boliviana de Futebol, de rivais como Aurora e The Strongest e até do presidente do país, Evo Morales..