Títulos, números, participações e jogos: raio X dos 32 clubes da fase de grupos da Libertadores

O favorito do Grupo A é o River Plate, atual campeão da Copa Libertadores e há mais de quatro anos comandado pelo técnico Marcelo Gallardo, ganhador do torneio também em 2015. O Internacional tentará fazer frente aos argentinos, mas terá de ficar de olho na ascensão de um surpreendente Palestino, que eliminou Independiente de Medellín-COL e Talleres-ARG nas fases preliminares. Brasileiros e chilenos se enfrentam nesta quarta-feira, às 19h15, no Estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago. O quarto time é o peruano Alianza Lima, que na edição de 2018 saiu na fase de grupos com apenas um ponto em seis rodadas.

“Toda estreia gera uma expectativa. Mas temos jogadores experientes, campeões de Libertadores e que passam uma tranquilidade aos mais jovens. Penso que todo mundo tem uma noção muito boa do que é a Libertadores, do que é esse enfrentamento. Nos treinamentos do ano passado e nos treinamentos deste ano, eu falo para eles: ‘hoje é Libertadores’. É uma maneira de dizer a eles: ‘hoje não tem falta, segue o jogo, não levanta a mão pedindo cobrança de lateral’. Todo mundo tem essa noção. Que a gente possa fazer uma boa estreia e conseguir o nosso objetivo. Estamos em busca disso, trabalhamos fortes durante a semana. Fizemos por merecer estar na competição pelo nosso campeonato no ano passado, agora é conquistar nossas vitórias e nossa classificação”, declarou Odair Hellmann, treinador do Internacional.

07/05 (terça) - Alianza Lima x Palestino - 21h30 - Lima

O Cruzeiro vai participar da Copa Libertadores pela 17ª vez. Dos integrantes do Grupo B, o time celeste é o único que conquistou a competição, em 1976 e 1997. Nem por isso o técnico Mano Menezes espera moleza na luta pela classificação às oitavas de final. Em entrevista ao canal Fox Sports, ele destacou que o Emelec é um time de tradição na competição (jogará a 28ª edição), além de ressaltar a qualidade do Huracán e a difícil logística da viagem à Venezuela para enfrentar o Deportivo Lara.

“Vamos enfrentar equipes que não são tão tradicionais de chegar em reta final, mas não são equipes desprezíveis. O Emelec tem uma tradição em Libertadores, quase sempre está na competição. É uma espécie de Cerro Porteño, né?! Você olha a Libertadores, e quase sempre eles estão lá. O Huracán volta a jogar depois de algum tempo. Os argentinos nós temos sempre que respeitar. Temos assistido mais aos jogos do Huracán porque é o adversário de estreia. É uma equipe forte fisicamente, que vai dar trabalho e está se armando ainda. Os argentinos se preparam bem para essa competição. O Deportivo Lara é a equipe que tem um pouco menos de capacidade de investimento. Mas é uma viagem longa, um jogo em condições um pouco diferentes, o país atravessa dificuldades, é um cuidado a mais que temos que tomar. A logística é mais que necessária, temos que levar alimentação para fazer, cozinheira, coisas que geralmente você não precisa levar para um jogo normal nas grandes capitais da América Latina”.

08/05 (quarta) – Cruzeiro x Emelec – 19h15 – Belo Horizonte

05/03 (terça) - Godoy Cruz x Olimpia - 19h15 - Godoy Cruz

06/03 (quarta) - Universidad Concepción x Sporting Cristal -19h15 - Concepción

12/03 (terça) - Olimpia x Universidad Concepción - 19h15 - Assunção

12/03 (terça) - Sporting Cristal x Godoy Cruz - 21h30 - Lima

03/04 (quarta) - Universidad Concepción x Godoy Cruz - 19h15 - Concepción

04/04 (quinta) - Sporting Cristal x Olimpia - 23h - Lima

09/04 (terça) - Olimpia x Godoy Cruz - 19h15 - Assunção

10/04 (quarta) - Sporting Cristal x Universidad Concepción - 19h15 -Lima

23/04 (terça) - Universidad Concepción x Olimpia - 19h15 - Concepción

23/04 (terça) - Godoy Cruz x Sporting Cristal - 21h30 - Godoy Cruz

09/05 (quinta) - Olimpia x Sporting Cristal - 19h15 - Assunção

09/05 (quinta) - Godoy Cruz x Universidad Concepción - 19h15 - Godoy Cruz

O Flamengo investiu muito dinheiro para reforçar o setor ofensivo do time comandado por Abel Braga. Somente por Arrascaeta, ex-Cruzeiro, o clube pagou mais de R$ 80 milhões, contando também uma fatia dos direitos econômicos que pertenciam ao Defensor do Uruguai. Outra contratação de peso foi Bruno Henrique, ex-Santos: R$ 23 milhões. No Grupo D, o rubro-negro terá como concorrentes os tradicionais Peñarol, dono de cinco títulos da Libertadores, e LDU de Quito, campeã em 2008. A estreia será diante do modesto San José, clube boliviano que manda suas partidas na cidade de Oruro, a 3.735m acima do nível do mar.

“Os atletas fizeram um trabalho especial para fortalecimento da musculatura respiratória. E também uma suplementação com vitamina C e sulfato ferroso, para colocar mais hemoglobina. Quanto mais hemoglobina tem no sangue, você consegue conduzir mais oxigênio”, afirmou o cardiologista do Flamengo, Serafim Borges, ao avaliar os efeitos causados pela exposição a um ambiente de altitude elevada. “A partir da sétima hora, a situação começa a piorar. O que piora? Você aumenta muito a frequência cardíaca e respiratória e perde performance. Seria necessário estar lá (em Oruro) há quatro semanas, mas é impossível pelo calendário”, acrescentou o médico.

05/03 (terça) – San José x Flamengo – 19h15 - Oruro

07/03 (quinta) – LDU x Peñarol – 21h - Quito

13/03 (quarta) – Flamengo x LDU – 21h30 – Rio de Janeiro

14/03 (quinta) – Peñarol x San José – 19h - Montevidéu

02/04 (quarta) – San José x LDU – 19h15 - Oruro

03/04 (quarta) – Flamengo x Peñoral – 21h30 – Rio de Janeiro

09/04 (terça) – Peñarol x LDU – 21h30 – Montevidéu

11/04 (quinta) – Flamengo x San José – 21h – Rio de Janeiro

24/04 (quarta) – LDU x Flamengo – 21h30 - Quito

24/04 (quarta) – San José x Peñarol – 21h30 - Oruro

08/05 (quarta) – Penãrol x Flamengo – 21h30 - Montevidéu

08/05 (quarta) – LDU x San José – 21h30 - Quito

O Atlético está na mesma chave que dois clubes bastante tradicionais na competição. Um é o Nacional do Uruguai, dono de três títulos em 46 participações. Outro é o Cerro Porteño, que jamais foi campeão, apesar de quase sempre se qualificar para o torneio. El Ciclón, como é conhecido o primeiro adversário do Galo, foi semifinalista em 1973, 1978, 1993, 1998, 1999 e 2011. O quarto integrante da chave é o Zamora, da Venezuela, que ganhou apenas duas das 24 partidas disputadas na Libertadores.

“Equipe tradicional, tem jogadores importantes e experientes que passaram por outros clubes. É um time de vigor físico, de velocidade, tem um bom contra-ataque e uma boa bola parada. Temos que pregar respeito a esse adversário, um clube muito tradicional no futebol sul-americano. Mas também procurar impor nosso jogo e neutralizar os pontos fortes do adversário. Nossa equipe joga para frente, propõe o jogo, e a gente não pode abrir mão disso”, afirmou o goleiro atleticano Victor, a respeito da estreia contra o Cerro Porteño. 

06/03 (quarta) - Atlético x Cerro Porteño - 19h15 - Belo Horizonte

06/03 (quarta) - Zamora x Nacional - 21h30 - Barinas

12/03 (quarta) - Nacional x Atlético - 21h30 - Montevidéu

13/03 (quarta) - Cerro Porteño x Zamora - 19h15 - Assunção

02/04 (terça) - Cerro Porteño x Nacional - 19h15 - Assunção

03/04 (quarta) - Atlético x Zamora - 19h15 - Belo Horizonte

10/04 (quarta) - Nacional x Zamora - 19h15 - Montevidéu

10/04 (quarta) - Cerro Porteño x Atlético - 19h15 - Assunção

23/04 (terça) - Atlético x Nacional - 21h30 - Belo Horizonte

25/04 (quinta) - Zamora x Cerro Porteño - 19h - Barinas

07/05 (terça) - Zamora x Atlético - 19h15 - Barinas

07/05 (terça) - Nacional x Cerro Porteño - 19h15 - Montevidéu

Com elenco milionário graças ao aporte financeiro da Crefisa, o Palmeiras pretende fazer campanha superior à do ano passado, quando perdeu para o Boca Juniors na semifinal. O técnico Luiz Felipe Scolari tem bagagem de sobra na Libertadores: sagrou-se campeão pelo próprio Verdão, em 1999, e com o Grêmio, em 1995. No quesito tradição, o San Lorenzo é o principal oponente no grupo, pois conquistou a edição de 2014. Entretanto, o Ciclón vive momento ruim no Campeonato Argentino: está na lanterna, com apenas 17 pontos, e só não cairá de divisão graças ao coeficiente de pontos das últimas três temporadas. Junior Barranquilla, vice-líder do Torneio Apertura na Colômbia, e Melgar, que somou um ponto nas duas primeiras rodadas do Campeonato Peruano, também estão no Grupo F.

O volante palmeirense Felipe Melo recordou a edição de 2018, na qual o clube alcançou a melhor campanha geral da primeira fase, porém acabou caindo para o Boca no penúltimo mata-mata. “Cada competição que se inicia é uma nova história. Fizemos uma boa campanha (fora de casa em 2018), mas não foi o suficiente para atingirmos o nosso objetivo, que era ser campeão. Fomos os melhores da primeira fase, inclusive vencendo o Boca fora de casa. Mas, quando precisamos, não foi tão suficiente assim. Só o resultado mostra que às vezes não adianta ser o melhor na primeira fase, ter cinco minutos de desatenção e acabar acontecendo o que aconteceu no ano passado”.

Campeão da Copa Sul-Americana de 2018, o Athletico está na Colômbia para a estreia na Copa Libertadores, às 21h30 desta terça, contra o Deportes Tolima. Conquistar um bom resultado será fundamental, já que o favorito a alcançar a primeira colocação na chave é o Boca Juniors, vice-campeão do torneio em 2018 e detentor de seis troféus. O Jorge Wilstermann, que costuma ser forte no estádio Félix Caprilles, em Cochabamba (2.570m de altitude), completa o Grupo G.

“A equipe chega bem preparada. Tivemos um tempo bom de preparação. Foram dois meses. Fisicamente e em termos de organização, estamos confiantes de que poderemos vir aqui e fazer um grande jogo, uma grande estreia. Viemos com muito respeito. Tem o fato histórico de quando o Tolima eliminou o Corinthians. Estamos bem ‘vacinados’”, pontuou Tiago Nunes, técnico do Athletico.

09/05 (quinta) - Jorge Wilstermann x Tolima - 21h30 - Cochabamba

Tal como o Cruzeiro no Grupo B, o Grêmio é o único do Grupo H a ter vencido a Copa Libertadores (1983, 1995 e 2017). O Rosario Central chegou às semifinais em 1975 e 2001. O Libertad também alcançou a penúltima fase, em 2006. A Universidad Católica, do Chile, tem mais tradição no torneio que argentinos e paraguaios, pois foi finalista em 1993 (perdeu para o São Paulo) e semifinalista em 1962, 1966, 1969 e 1984.

Renato Gaúcho carrega um feito raro na Libertadores: ganhou com o Grêmio como jogador, em 1983, e técnico, em 2017. Ele também tem um vice-campeonato pelo Fluminense, em 2008. Em meio a tanta experiência, o treinador admite ansiedade antes da estreia contra o Rosario Central. “Sempre bate, né?! É uma competição muito boa de se jogar e de se dirigir. Todo mundo se prepara, é uma competição muito importante, então lógico que bate um friozinho tanto para o jogador quanto para o treinador. É uma coisa normal no futebol”.