Desde a queda de Mourinho, muito se falou na imprensa inglesa sobre o possível substituto. O argentino Mauricio Pochettino seria o preferido da diretoria, mas sua alta multa rescisória fez o Manchester recuar. Sobrou, então, ir em busca de uma solução momentânea.
Diante do péssimo momento vivido pelo clube e da pressão, a opção foi por alguém identificado com a torcida e marcado por um dos momentos mais gloriosos da história do Manchester. Solskjaer foi procurado e assinou contrato somente até o fim da temporada, no meio do ano que vem.
"O Manchester United está em meu coração e é brilhante poder voltar neste cargo. Eu estou realmente ansioso para trabalhar com o elenco tão talentoso que temos, a comissão técnica e todos no clube", declarou o novo técnico em entrevista ao site do clube.
Solskjaer estava no comando do Molde, de seu país natal, que aceitou "emprestá-lo" ao Manchester United mesmo tendo contrato de três temporadas com o treinador. De acordo com ele, tal acordo "vai ajudar a colocar o Molde no mapa do futebol". Até o primeira-ministra do país, Erna Solberg, se manifestou: "É um grande dia para o futebol norueguês".
Apesar da empolgação, Solskjaer é uma aposta da diretoria inglesa, uma vez que tem pouca experiência na função, ainda mais em um clube deste tamanho.
"Ole é uma lenda do clube com muita experiência, tanto em campo quanto como técnico. Sua história no Manchester United significa que ele viveu e respirou a cultura aqui, e todo mundo no clube está empolgado por tê-lo de volta. Estamos confiantes de que ele unirá os jogadores e a torcida para a segunda metade da temporada", afirmou o vice-presidente executivo Ed Woodward.
A missão de Solskjaer não será nada fácil. Sob o comando de Mourinho, o Manchester teve seu pior início de Campeonato Inglês em 28 anos e viu astros como Pogba, Alexis Sánchez e Lukaku caírem muito de produção, inclusive indo para a reserva. Para piorar, o time terá como adversário nas oitavas de final da Liga dos Campeões o poderoso Paris Saint-Germain.
Por isso, a expectativa é que Solskjaer reviva seus momentos de glória como jogador, quando atuou com a camisa do Manchester em 366 partidas, entre 1996 e 2007, e marcou 126 gols. Nenhum, porém, é mais lembrado do que aquele nos acréscimos da decisão da Liga dos Campeões com o Bayern de Munique, em 1999, que selou a histórica virada por 2 a 1 e o título do torneio para o clube..