Wesley Moraes tem 21 anos e passou pelo Galo em 2013, depois de jogar por alguns clubes juiz-foranos. Na época, pelo sub-17 do Alvinegro, ele não teve muitas chances e foi dispensado pelo então treinador do sub-20, Rogério Micale, e pelo diretor da base, André Figueiredo. O atacante permaneceu apenas três meses na Cidade do Galo, mas diz não ter mágoa do clube.
“A passagem pelo Atlético foi no ano de 2013. E foi uma passagem legal, mas fiquei um pouco triste porque não tive muitas oportunidades. Mas não tenho mágoa de ninguém não, na época o treinador era o Rogério Micale. Fiquei um pouco triste por não ter oportunidade, mas segui a vida”, disse o camisa 7 do Club Brugge.
“Saí de Minas para ir para a Bahia, fui para Itabuna me profissionalizar. Fiquei lá três meses e conseguiram me levar para o Atlético de Madrid. Fiquei lá seis meses fazendo testes e voltei. Daí fui para a Eslováquia, joguei lá um tempo, e aí o Brugge me comprou”, disse Wesley. Em 2016, com 19 anos, o centroavante custou 1 milhão de euros aos belgas.
“Estou vivendo o melhor momento da minha carreira. Sei que tem bastante clube me monitorando, tem esse assédio, mas estou focado no Brugge, tenho contrato com o Brugge. O futuro só a Deus pertence. Claro que, como vivo meu melhor momento, espero sim ter uma convocação, esse é um dos meus objetivos. Espero que quando tiver minha oportunidade, possa demonstrar meu futebol e dar alegria ao meu país”, disse Wesley, que já tem 100 jogos no clube, 31 gols e três títulos (dois Campeonatos Belgas, em 2015/2016 e 2017/2018, e uma Supercopa Belga, em 2018/2019) pelo Brugge. Ele tem contrato até julho de 2023.
Wesley Moraes e o Club Brugge se preparam agora para enfrentar o Royal Charleroi, pela 15ª rodada da fase classificatória do Campeonato Belga, neste sábado, às 15h (de Brasília), fora de casa. O time de Bruges é o vice-líder do torneio, com 31 pontos, a três do líder Genk. Na Liga dos Campeões, o clube é o terceiro da Chave A, com quatro pontos. Na Copa da Bélgica, a equipe foi eliminada precocemente, nos 16-avos de final, para o Deinze.
Veja a entrevista completa com Wesley Moraes:
A passagem pelo Atlético foi no ano de 2013. E foi uma passagem legal, mas fiquei um pouco triste porque não tive muitas oportunidades. Mas não tenho mágoa de ninguém não. Na época o treinador era o Rogério Micale. Fiquei um pouco triste por não ter oportunidade, mas segui a vida.
Você tentou entrar em outros clubes da capital mineira ou do Brasil?
Cheguei a fazer testes no Cruzeiro quando tinha 14 anos, mas era muito novo. Então pedi para ir embora nessa época.
Como e por que saiu de Minas Gerais para jogar no Itabuna? E do Itabuna para a Eslováquia (antes também parece que você esteve perto do Atlético de Madrid), até chegar na Bélgica (em 2016)… Como foi esse processo?
Saí de Minas para ir para a Bahia, fui para Itabuna para profissionalizar. Fiquei lá três meses e conseguiram me levar para o Atlético de Madrid. Fiquei lá seis meses fazendo testes. Daí fui para a Eslováquia, joguei lá um tempo, aí o Brugge me comprou.
Estou bem adaptado, como titular absoluto. Estou muito feliz e espero terminar esta temporada bem. Meu contrato vai até julho de 2023.
Como você lida com a distância da família? Você vive com alguém na Bélgica? Fala com a família, que está em Juiz de Fora, com frequência?
Já me acostumei a viver sozinho, até porque por todos os clubes onde passei eu vivi sozinho. Já estou bem acostumado, mas todo dia eu falo com minha família. Quando dá alguém vem para cá, pois minha mãe tem outros filhos e eu outros irmãos. Ela já veio duas vezes.
Essa fase que você vive, seria a melhor da sua carreira? E, diante disso, como lida com o assédio de gigantes europeus no seu futebol? Sonha com Seleção Brasileira?
Estou vivendo o melhor momento da minha carreira. Sei que tem muitos clubes me monitorando, tem esse assédio, mas estou focado no Brugge, tenho contrato com o Brugge. O futuro só a Deus pertence. Claro que, como vivo meu melhor momento, espero sim ter uma convocação, esse é um dos meus objetivos. Espero que quando tiver minha oportunidade, possa demonstrar meu futebol e dar alegria ao meu país.
Você é muito jovem, mas saiu do Brasil bem novo e ainda quer se estabelecer no cenário de elite da Europa. Mas, no futuro, gostaria de atuar no Brasil? Tem algum time brasileiro em específico que gostaria de atuar?
Sim, tenho vontade de jogar no Brasil. Sou flamenguista, e a maioria da minha família também é Flamengo. Então quem sabe quando tiver no fim da minha carreira não tenha a oportunidade de jogar no Flamengo.
No futebol contemporâneo, está cada vez mais raro encontrar centroavantes com sua característica, sendo alto e forte, e cada vez mais esses jogadores viram atacantes “de beirada” ou falso 9. O que você acha dessa posição no futebol atual?
Nessa posição tem que ser rápido atualmente, nem precisa ser muito forte. Mas tem que saber fazer 1-2 e ter visão de jogo. Mas o importante é saber se colocar dentro da área, se colocar bem para fazer os gols… Isso é o mais importante.
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