"Os presidentes de ambas instituições concordaram que, apesar do atrativo que gera a presença de duas torcidas, esta medida pode gerar problemas para os sócios", explicou o presidente da AFA, Cláudio Tapia.
Na última sexta-feira, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, chegou a anunciar que as partidas seriam realizadas com as presenças de torcedores visitantes, o que não acontece no principal clássico do país desde 2014. Mas, após reuniões entre os clubes, a decisão foi revista.
"Apesar desta decisão, Boca Juniors e River Plate valorizam e reconhecem o interesse do presidente Mauricio Macri de promover a presença dos visitantes em ambas as finais", apontou Tapia.
A medida tem como finalidade evitar a violência tão presente no país em jogos de futebol nos últimos anos. Por isso, o presidente da AFA ainda fez um pedido: "Convocamos simpatizantes, torcedores e sócios a viverem estas partidas como são: uma celebração popular sem fronteiras, em paz, com paixão e em convivência".
O discurso foi entoado também pelos presidentes dos clubes. "O mundo está esperando que joguemos. Isto é um jogo, aqui não vai a vida e todos temos que fazer nossa parte", comentou o mandatário do River, Rodolfo D'Onofrio. "Peço aos torcedores do Boca que vivam em paz e com alegria", completou o dirigente do Boca, Daniel Angelici.
Também nesta segunda, os presidentes confirmaram que a partida será disputada nos dias 10 e 24 de novembro, às 18 horas (de Brasília), apesar do pedido do Boca pela alteração das datas. A primeira partida terá mando do clube, em La Bombonera, enquanto a segunda será sediada pelo River, no Monumental de Núñez..