De acordo com os resultados, a disputa pessoal entre o português e o argentino terminou. Concorrem ao prêmio o croata Luka Modric, do Real Madrid; o próprio Cristiano Ronaldo, hoje na Juventus, mas que estava no clube de Madri até junho passado; e o egípcio Mohamed Salah, do Liverpool.
Essa será a primeira vez em 11 anos que Messi fica de fora do pódio, apesar de ter sido o maior artilheiro da Europa na temporada 2017/2018 e de ter levado mais um título do Campeonato Espanhol. Ele vinha ocupando o palco desde 2007, quando ficou em segundo lugar em uma premiação que escolheu o brasileiro Kaká como o melhor do mundo. No total, ele ganhou o troféu em cinco ocasiões - recorde que compartilha com o português.
Neymar, que esperava fazer parte da lista, sequer foi selecionado para os 10 melhores do ano depois de uma Copa do Mundo repleta de polêmicas e sem jogar no Paris Saint-Germain na segunda metade da temporada europeia por contusão. O brasileiro Osvaldo Alvarez, o Vadão, ficou de fora dos finalistas entre os técnicos de equipes femininas.
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%u2014 FIFA.com (@FIFAcom) 3 de setembro de 2018
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A ameaça ao reinado de Messi e Cristiano Ronaldo já tinha mandado um alerta na semana passada. Ao escolher o melhor da Europa, a Uefa deu o prêmio para Modric, também escolhido como o melhor jogador da Copa do Mundo na Rússia.
O prêmio enfureceu o português e seus assessores, que chegaram a chamar o resultado de "ridículo". Neste final de semana, o croata foi homenageado no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, enquanto a torcida do Real Madrid pedia que ele recebesse também o troféu da Fifa de melhor do mundo.
Na pontuação da Uefa já tinha ficado claro que a realidade dos últimos 10 anos poderia não mais sobreviver. Modric ficou com 90 pontos a mais que Cristiano Ronaldo. O terceiro lugar sequer foi para Messi e o pódio foi completo por Salah. O quarto lugar foi para o francês Antoine Griezmann, seguido só na quinta posição pelo astro argentino do Barcelona.
Mesmo na entidade máxima do futebol, Modric já passou a ser considerado como o favorito para o titulo da Fifa. Cristiano Ronaldo não escondia que esperava ficar com o título de 2018, o que lhe permitiria superar Lionel Messi e se consolidar como o melhor. Na avaliação de seus assessores, seu desempenho na Liga dos Campeões era a garantia de mais um troféu individual.
A obsessão pelo sexto troféu levou o português a avisar, ainda no ano passado, que estaria de volta em Londres em 2018 para comemorar a taça que significaria, na visão de muitos, um ponto final na disputa pessoal que ele travou contra Messi ao longo de uma década.
PUSKAS - Cristiano Ronaldo também concorre no titulo do gol mais bonito do ano - de bicicleta pelo Real Madrid contra a Juventus, em Turim, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. Ele disputa o título contra outros nove gols. Um deles foi o feito pelo uruguaio Arrascaeta, do Cruzeiro, em um voleio no clássico contra o América-MG, pelo Campeonato Mineiro.
Entre as melhores jogadoras do mundo, a brasileira Marta consegue uma vez mais chegar à final e disputa o seu sétimo troféu. Mas concorre contra as favoritas Ada Hegerberg (norueguesa) e Dzsenifer Marozsán (alemã).
A Fifa também divulgou a lista dos treinadores que concorrem ao prêmio. Entre os homens estão o francês Zinedine Zidane, pela sua atuação ao levar o Real Madrid a mais um título da Liga dos Campeões. O outro concorrente é o treinador da Croácia, Zlatko Dalic, vice-campeão do mundo e que operou um milagre ao assumir o time na última hora. O terceiro concorrente é Didier Deschamps, campeão da Copa pela França.
No futebol feminino, os finalistas incluem Reynald Pedros (Lyon), Asako Takakura (seleção do Japão) e Sarina Wiegman (seleção da Holanda). Vadão, que concorria, ficou de fora.
A Fifa ainda tem um prêmio especial para o melhor goleiro do ano. Os finalistas são Thibaut Courtois, da seleção da Bélgica, Hugo Lloris, capitão da França, e o dinamarquês Kasper Scheichel. Em 2017, Buffon ficou com o título.
Para o prêmio da melhor torcida do mundo concorrem os milhares de peruanos que foram à Rússia para ver a sua seleção depois de 32 anos em uma Copa do Mundo; o gesto de japoneses e senegaleses, que limparam os estádios depois de festejar; e a torcida solitária de um chileno. Os vencedores dos prêmios da Fifa serão conhecido em um evento em Londres, no próximo dia 24.