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Adriano fala sobre sofrimento com a morte do pai e alcoolismo: 'Eu chegava bêbado nos treinos'

Em entrevista a jornal de Portugal, o ex-jogador falou sobre a carreira

Gazeta Press
Adriano chegou à Internazionale de Milão em 2001, aos 19 anos, após deixar o Flamengo - Foto: JOSE JORDAN
O brasileiro Adriano ganhou o apelido de "Imperador" por conta de suas grandes atuações no futebol italiano. Em 2004, quando o jogador defendia a Inter de Milão e despontava como um dos maiores atacantes de sua geração, sofreu com a morte de seu pai, Almir Leite Ribeiro, fato que acabou comprometendo muito a sua carreira.

Em entrevista ao jornal português A Bola, Adriano falou um pouco mais sobre o que passou após o falecimento de seu pai, e como começou a se entregar ao alcoolismo.

"Só eu sei aquilo que sofri. A morte do meu pai deixou um enorme vazio na minha vida. Me sentia muito sozinho. Depois da sua morte tudo ficou pior, porque senti que estava totalmente isolado. Estava sozinho na Itália, triste, deprimido, e comecei a beber. Só estava feliz quando bebia e fazia isso todas as noites. Bebia tudo aquilo que colocava nas mãos: Vinho, uísque, vodka, cerveja", disse.

O atacante revelou também que o problema começou a afetar o seu desempenho dentro de campo, mas que a Internazionale tentava esconder o fato.

"Não parava de beber e no final tive que deixar a Inter.
Não sabia como esconder, chegava bêbado nos treinos. Ia sempre, mesmo que estivesse totalmente bêbado e depois era levado pelos médicos para a enfermaria. A Inter dizia para a imprensa que tinha problemas musculares", revelou.

Além disso, o "Imperador" disse que teve más companhias durante o período complicado, e mostrou-se satisfeito com o seu retorno ao Brasil.

"Mais tarde percebi que o problema era as pessoas à minha volta, amigos que não faziam outras coisas a não ser me levar para festas com mulheres e álcool, sem pensarem em nada. Ao voltar ao Brasil abdiquei de milhões, mas ganhei felicidade", finalizou.
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