O Pyramids é o novo rico do futebol das areias. O clube foi comprado há poucos meses pelo xeique Turki Al-Sheikh, presidente do Comitê Olímpico da Arábia Saudita e primo do príncipe do país. O milionário chegou recentemente ao futebol egípcio, quando ainda era presidente de honra do time local mais vitorioso, o Al Ahly, para depois investir em outra equipe.
Turki se irritou com a diretoria por considerar que merecia ser tratado com mais honrarias, com a chance de posar para fotos e receber mensagens de agradecimento de jogadores contratados. O clube octocampeão continental não quis ceder aos seus caprichos e causou a ira no saudita. A decisão dele foi romper relação e comprar um coadjuvante time local, o Al Assiouty, para transformá-lo em uma potência do nível do agora desafeto Al Ahly. Quem ganhou com isso foi o futebol egípcio, mais atrativo agora.
O xeique trocou o nome da nova equipe e não tem economizado nas contratações.
O Pyramids oferece atrativos enormes. Carro e casa de luxo, tradutor e salários gordos. O dono saudita disse aos brasileiros e aos quatro jogadores da seleção egípcia trazidos nesta janela que quer mostrar aos rivais do Al Ahly que tem potencial para liderar um time vencedor.
A imprensa calcula que o elenco passou a valer cerca de R$ 260 milhões. Grande parte das contratações veio do Zamalek. O time recebeu aproximadamente R$ 70 milhões com as negociações e chegou a vender atletas por valores cinco vezes acima do esperado. Para os brasileiros, o montante investido passou de R$ 100 milhões..