"É difícil falar sobre sensações depois de uma audiência tão longa, foi muito intensa", afirmou o diretor-geral do Milan, Marco Fassone, na saída da sede da CAS, em Lausanne, na Suíça. Se reverter a decisão, o clube italiano terá o direito de disputar a Liga Europa na próxima temporada.
Se confirmada a punição, a Atalanta, que terminou em sétimo lugar na última edição do Campeonato Italiano, ficará com a vaga direta nesta competição continental, enquanto a Fiorentina disputará a fase prévia para tentar se garantir no torneio.
O Milan foi representado na audiência por Fassone, pelo gerente de portfólio do fundo Elliott Management, Franck Tuil, pela gerente financeira do clube, Valentina Montanari, e por um corpo de advogados, que contava com o especialista em disputas desportivas Antonio Rigozzi.
"Tentamos reunir todas as nossas possibilidades em termos de apoio jurídico e a presença de Tuil deu mais apoio à tese que já havíamos explicado no passado à Uefa, mas a presença física, agora que houve uma mudança de acionista, certamente é significativa. Esperamos a sentença amanhã (sexta)", comentou Fassone.
Em abril de 2017, o Milan foi vendido pelo político Silvio Berlusconi, por quantia avaliada em 740 milhões de euros (cerca de R$ 2,4 bilhões na cotação da época), mas a holding Rossoneri Sport Investment Lux, do empresário chinês Li Yonghong, perdeu neste mês a posse do clube para o fundo de gestão de investimentos Elliott Management.
A instituição financeira norte-americana informou, no último dia 11, que assumiu o controle das operações do Milan, porque Li Yonghong não pagou empréstimo avaliado em 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão). Na temporada passada, o empresário investiu mais de 200 milhões de euros (aproximadamente R$ 893 milhões) em contratações, mas a equipe não conseguiu mais do que um sexto lugar no Campeonato Italiano..