"A ida para o Barça foi muito boa e bonita. Tudo foi muito lindo. Meu irmão foi quem cuidou de tudo o que acontecia fora do campo de jogo. Todos meus ídolos haviam jogado no Barça e fiquei emocionado quando aconteceu. Me encantava Koemam por como cobrava faltas. Também assisti Romário, Rivaldo, Ronaldo … Todos os meus ídolos e amigos tinham passado por aqui, no Barça. Não só devolvi o sorriso ao Barça. Foram todos os jogadores. As coisas foram bem. Foi muito bonito o dia em que me apresentaram. Parecia ter ganho algo. Me senti em casa desde o primeiro momento. As pessoas sempre me trataram com muito carinho e isso motivou", afirmou o craque, antes de abordar sua saída do clube.
"Foi uma decisão minha. Já havia cumprido meus objetivos e precisava de novos desafios. Com Pep sempre tivemos uma boa amizade. Ele treinava a filial e tinha uma boa relação com Pere, seu irmão, por temas de roupas esportivas. Sempre fui muito direto e aberto com todos. Não havia me cansado de vencer, mas precisava de coisas novas. Aqueles que ficam parados não evoluem".
No dia 1º de maio de 2005, ou seja, há exatos 11 anos, Lionel Messi marcava o seu primeiro gol com a camisa do Barcelona. O argentino, então adolescente, recebeu passe de Ronaldinho Gaúcho e tocou por cobertura do goleiro na vitória por 2 a 0 sobre o Albacete. Detalhe: ele havia entrado em campo aos 41 minutos do segundo tempo e balançou as redes nos acréscimos.
"Quando ele chegou era um pequeno amigo e agora ele é um grande amigo. Me sinto muito feliz por dado o passe do seu primeiro gol. Imaginávamos todos que seria um grande jogador, Para mim o futebol são momentos. Pelé, Maradona, Romário… todos tiveram seus grandes momentos. Eu queria me divertir".
Falando sobre treinadores, Ronaldinho comentou o trabalho do holandês Frank Rijkaard, que participou da montagem da equipe vitoriosa do Barcelona, que ganhou tudo o sob o comando de Josep Guardiola alguns anos depois de sua saída, em 2008. Para o Gaúcho, o comandante foi o melhor com que já trabalhou.
"Ele foi o melhor treinador que tive. Nos dava muita tranquilidade. As pessoas não reconhecem a importância de sua passagem pelo Barcelona. Foi difícil montar a equipe, mas foi a chave para os anos seguintes. Ganhamos no Bernabéu e parecia que já éramos campeões. Vieram jogadores importantes e surgiram coisas mais importantes e ganhamos títulos que nos fizeram muito felizes. Todos que chegaram se uniam a gente. Tenho a sorte de ter compartilhado o campo com jogadores da base do clube, tinham muita qualidade. Xavi, Valdés, Puyol …", afirmou o ex-camisa 10, que, no entanto, não quis comparar Rijkaard a Pep Guardiola.
"Não há comparações entre equipes. Nosso Barça venceu, o Barça de Pep venceu e, o melhor de tudo, é que o Barça sempre saiu vencendo. Tudo em seu momento. Desfrutei muito vendo o Barça de Guardiola. Fui para a Itália e eu sai campeão de lá. Não é verdade que perdi a esperança pelo futebol. Depois do Barça segui vencendo. A Libertadores com o Atlético, sete meses sem perder com o Flamengo, a primeira final na história do Querétaro … Não me arrependo de nada", finalizou o atual embaixador do clube.