O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi denunciado pelo procurador da Federação de Futebol da Itália nesta sexta-feira sob acusação de ajudar torcedores "ultra", como é chamada a parte mais radical dos fãs do time de Turim. Ele é suspeito de repassar ingressos para os torcedores revenderem os bilhetes.
Em audiência, o procurador Giuseppe Pecoraro pediu suspensão de dois anos e meio para o dirigente da Juventus, que foi eleito o presidente da Associação dos Clubes da Europa há dez dias - a entidade conta com a participação de 220 times de futebol do continente. Um painel vai decidir sobre a eventual punição a Agnelli daqui a dez dias.
O procurador pediu também que a Juventus seja punida com a obrigação de jogar duas partidas com os portões fechados, sem acesso à torcida. E ainda que uma terceira partida seja disputada com o fechamento do setor da arquibancada onde costuma ficar os "ultras". Por fim, ele solicitou multa de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 bilhão) ao clube.
A denúncia se deve à acusação de que Agnelli autorizou a venda de ingressos e passes da temporada - pacote de bilhetes para todo o campeonato - a torcedores acima do limite permitido. Ele teria se reunido com Rocco Dominello, conhecido "ultra" que tem ligações com a máfia da Calábria. Dominello já foi condenado a quase oito anos de prisão por cambismo.
Em sua defesa, o presidente da Juventus alega que a reunião contou com a presença de outras lideranças de torcida e fãs do clube numa ocasião festiva. Ele disse que o clube nunca se envolveu em atividades ilegais.
"A procuradoria está fazendo o trabalho dela.