O atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero, é citado na denúncia preparada pelo Ministério Público da Espanha sobre a lavagem de dinheiro no futebol. Ele é apontado como uma das pessoas que recebeu subornos da Klefer, empresa de Kleber Leite, para a Copa do Brasil de 2013.
A denúncia contra o atual chefe da CBF já fazia parte das investigações do FBI. Mas, agora em Madri, o caso volta a ser mencionado. Desta vez, os procuradores apontam que a Klefer foi uma das empresas que alimentou a rede de companhias de fachada para lavar dinheiro da CBF.
De acordo com a investigação, a empresa brasileira depositou em 14 de abril de 2014 quase US$ 1 milhão para a ITASCA, uma companhia com sede no Panamá e também controlada pelo grupo de Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona.
"A Klefer tinha assinado um contrato no ano de 2011 com a CBF, pelo qual pagaria supostas comissões ilegais para a obtenção de direitos de difusão e marketing da Copa do Brasil de Futebol de 2013, para esses direitos fossem a outras sociedades", aponta o documento da procuradoria da Espanha. "Essas comissões iriam para Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero", indica o documento.
O atual presidente da CBF não deixa o Brasil desde maio de 2015, quando o FBI o indiciou após o estouro do escândalo de corrupção envolvendo uma série de dirigentes da Fifa, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que ficou 160 dias preso na Suíça e depois foi extraditado aos Estados Unidos. Com julgamento marcado para novembro nos EUA, ele atualmente cumpre regime de prisão domiciliar em Nova York.
ESCÂNDALO
Del Nero também recebeu subornos, diz procuradoria da Espanha sobre investigação
Atual presidente da CBF também é citado na denúncia do Ministério Público
Agência Estado
postado em 25/05/2017 12:25 / atualizado em 25/05/2017 13:22