"Minha passagem teve um pouco de tudoNós tivemos a oportunidade de vencer muitas coisas, mas também sofremos derrotasIsso é o esporteMas eu saio com a consciência limpa e o sentimento de ter cumprido o meu papel para o futebol espanhol", declarou em entrevista publicada nesta segunda-feira no site da Fifa.
Del Bosque foi o comandante de uma geração vitoriosa, que ficou marcada pelo toque de bola e por nomes de peso como Casillas, Xavi e IniestaMas nem só de vitórias foi feita a passagem do treinador no comando espanholAlém da última participação na Eurocopa, ele comandou a seleção na decepcionante eliminação na primeira fase da Copa do Mundo de 2014, quando o país chegou como grande favorito e caiu em um grupo com Holanda, Chile e Austrália.
"Não tenho arrependimentos, honestamenteNão digo que saímos tendo alcançado todos os objetivos que traçamos, porque sabíamos que seria impossível e inalcançávelVencer outra Copa do Mundo e outra Eurocopa seria virtualmente impossívelSaio com a sensação de não ter deixado nada para trásFomos capazes de continuar o grande trabalho herdado do Aragonés em 2008", comentou.
Del Bosque, aliás, não esconde a importância da herança deixada pelo seu antecessor, Luis Aragonés, para o sucesso de sua passagem
"Herdamos um estilo de jogo e um caminho que estava desenhadoMas depois disso, cada técnico tem que guiar o time da própria maneiraNão há dois técnicos iguais, mas acho que no momento, em 2008, o caminho estava muito bem desenhado para nósAgora também, acredito que estamos na direção certa", avaliou.