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ESCÂNDALO

Ex-presidente da Concacaf, Jack Warner vai revelar obscuridades da Fifa: 'Não vou me calar'

Indiciado por corrupção, ex-dirigente promete que abrirá o jogo às autoridades

postado em 04/06/2015 13:21

AFP PHOTO/GEOFF ROBINS
Um dos 14 indiciados pela Justiça dos Estados Unidos por corrupção ligada à Fifa, o ex-presidente da Concacaf Jack Warner garante que vai abrir o jogo quando prestar depoimento às autoridades norte-americanas. Ele é acusado de receber propinas enquanto estava na entidade continental e ameaça Joseph Blatter.

“Não há mais como voltar atrás. Com 72 anos, não vou me calar. Não vou mais manter segredos”, avisa Warner em entrevista a um canal de televisão de Trinidad e Tobago, seu país.

O ex-cartola revela que documentou todas as transferências obscuras às quais teve acesso ao longo de três décadas à frente da Concacaf. Ele afirma temer pela própria vida, mas garante que as provas foram entregues a diferentes pessoas. “Vou emprestar meu conhecimento sobre as transações vitais da Fifa, inclusive de Joseph Blatter”, assegura Warner.

O pronunciamento acontece horas depois de o Departamento de Justiça dos EUA publicar a confissão de um aliado de Jack Warner. Chuck Blazer confessa ter recebido suborno referente às Copas do Mundo de 1998 e 2010, o que aproxima ainda mais o ex-presidente de uma provável incriminação.

Warner é acusado de ter recebido 10 milhões de dólares do governo da África do Sul em 2010. Ele nega. A Fifa admite que a quantia saiu do país-sede do Mundial daquele ano e foi para o Caribe, onde Warner era presidente da Concacaf, mas alega que a quantia não é ilegal.

A versão oficial da entidade é que o dinheiro servia ao “Programa Legado Diáspora”, iniciativa para fomentar o futebol na América Central. A Justiça dos EUA suspeita ser dinheiro de compra de votos para o país africano ser escolhido sede da Copa.

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