A tentativa da Fifa de manter o clima de normalidade e realizar o seu congresso anual e, principalmente, novas eleições presidenciais ganhou uma poderosa oposição nesta quarta-feira. A Uefa apelou para que a eleição, programada para ocorrer na sexta-feira, seja adiada. Em um comunicado, a entidade pediu que a votação não ocorra diante das prisões e do escândalo de corrupção desta quarta-feira. A Fifa insiste que não vê motivos para adiar o processo e a CBF também defende que a votação ocorra.
Joseph Blatter era o franco favorito para mais um mandato e seu opositor, o jordaniano Ali bin Hussein, dificilmente conseguiria reverter o quadro, mesmo apoiado por Michel Platini, presidente da Uefa. Mas, diante da crise, a entidade europeia alega que não existem condições para a votação.
"Acreditamos que o Congresso da Fifa deva ser adiado e que uma nova eleição deva ocorrer nos próximos seis meses", declarou Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa, nesta quarta-feira, em Varsóvia.
O apelo é contestado pela Fifa que, agora, teme perder a influência de Blatter e permitir que um grupo de oposição forte seja estabelecido. " Uma coisa não tem nada a ver com a outra", declarou Walter de Gregorio, porta-voz da entidade. Na Conmebol, a percepção também é a de manter a eleição. "O Congresso precisa ser mantido ", declarou Marco Polo Del Nero, presidente da CBF e que apoia Blatter.