Desafio de gigantes

No ano passado, Atlético e Cruzeiro estiveram juntos pela primeira vez numa edição de Copa Libertadores. Mas ambos decepcionaram suas torcidas. Agora, em 2015, a dupla mineira tem nova chance de chegar às fases decisivas da principal competição de clubes do continente – dificilmente poderão fazer uma histórica final, já que a Confederação Sul-Americana de Futebol altera o cruzamento a partir das quartas de final para evitar que times de um mesmo país se enfrentem na decisão. A única hipótese é com a ida de pelo menos três compatriotas às semifinais.

Em 2014, o Galo parou nas oitavas de final diante do Atlético Nacional, da Colômbia, e a Raposa, nas quartas, contra o San Lorenzo, que conquistaria o título pela primeira vez. Neste ano, a concorrência está bem maior, tanto dentro quanto fora do país. Todos os cinco representantes brasileiros já foram campeões. O São Paulo ganhou três vezes (1992, 1993 e 2005); Cruzeiro (1976 e 1997) e Internacional (2006 e 2010), duas; e Atlético (2013) e Corinthians (2012) buscam repetir seus feitos.

Da Argentina vêm os principais concorrentes. Os papões Boca Juniors e River Plate, que não participaram no ano passado, estão de volta. E o San Lorenzo defende o título finalmente conquistado. Aliás, neste ano são pequenas as chances de um campeão inédito, como os três últimos (Corinthians em 2012, Atlético em 2013 e San Lorenzo em 2014). As apostas caem sobre os mexicanos Tigres e Atlas, o paraguaio Libertad e a Universidad de Chile. As 55 edições anteriores consagraram 25 campeões diferentes, nenhum deles do México, Peru, Bolívia e Venezuela.

REFORÇOS

O Atlético parece sair na frente por ter mantido grande parte do grupo do ano passado. Dos titulares, apenas o atacante Diego Tardelli deixou a Cidade do Galo, mas a diretoria buscou dois reforços internacionais: o argentino Lucas Pratto e o colombiano Cárdenas. No Grupo 1, a equipe de Levir Culpi fará viagens desgastantes a Guadalajara (MEX) e Bogotá para enfrentar, respectivamente, Atlas e Independiente Santa Fe. O outro adversário será o Colo Colo, campeão em 1991.

O Cruzeiro está montando equipe completamente diferente da que conquistou os dois últimos Brasileiros. Depois de perder os titulares Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Lucas Silva, Marcelo Moreno e Egídio, Marcelo Oliveira tem à disposição o uruguaio De Arrascaeta, o chileno Mena, Paulo André, Willians e Leandro Damião, entre outros, para montar novo time forte. Em compensação, o Grupo 3 é um dos aparentemente menos complicados, com o argentino Huracán, o venezuelano Mineros e o boliviano Universitario de Sucre.

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