O protesto de torcedores no CT Carlos Castilho foi o assunto da quinta-feira (15) no Fluminense. Nos bastidores, o movimento foi feito pela oposição da maior organizada do clube, motivada por noitadas dos jogadores em meio à má fase da equipe. Além de Felipe Melo, o diretor Paulo Angioni foi o único a conversar com a torcida.
Além do mau momento em campo -- o Tricolor tem apenas uma vitória nos últimos oito jogos --, o protesto foi motivado pela postura de jogadores fora de campo.
Outros episódios já haviam sido registrados em 2023, mas o lateral-esquerdo Jorge e o atacante Lelê tiveram fotos vazadas em festas na última semana.
Outros episódios já haviam sido registrados em 2023, mas o lateral-esquerdo Jorge e o atacante Lelê tiveram fotos vazadas em festas na última semana.
Foi assim que um grupo de oposição à gestão da Young Flu, a maior torcida organizada do clube, decidiu realizar um protesto.
Sem muita adesão ou mesmo convite de outros grupos da arquibancada, cerca de 50 torcedores chegaram à Jacarepaguá já após o início do treino da quinta (15). Não havia nenhuma intenção de invadir as instalações.
Quatro membros da torcida insistiram em ser atendidos pelo presidente Mário Bittencourt, o técnico Fernando Diniz e líderes do elenco. Depois de pararem alguns atletas e funcionários, coube ao zagueiro Felipe Melo, um dos mais experientes do elenco, servir de mediador para as demandas dos protestantes.
Jorge deixará o Fluminense
Minutos depois, o diretor Paulo Angioni conversou com as lideranças. A única exigência, de acordo com os presentes, foi de que a conversa não fosse filmada, o que foi prontamente atendido.
Do dirigente, eles receberam a informação de que Jorge, que tem uma lesão grave no joelho, dificilmente voltará a jogar pelo Fluminense.
Assim que estiver recuperado, será devolvido ao Palmeiras, detentor de seus direitos econômicos. O jogador foi hostilizado pelos torcedores no acesso ao Centro de Treinamentos.
Assim que estiver recuperado, será devolvido ao Palmeiras, detentor de seus direitos econômicos. O jogador foi hostilizado pelos torcedores no acesso ao Centro de Treinamentos.
Além disso, pediu paciência com o jovem Lelê, e disse aos torcedores que o atacante "ainda daria alegrias" aos torcedores.
Tanto Angioni quanto Felipe Melo afirmaram que conversariam com os jogadores sobre possíveis exageros na noite, mas pediram confiança no elenco e no técnico Fernando Diniz.
Depois, John Kennedy deixou o clube e recebeu apoio: os protestantes pediram para que o atacante requisitasse a Diniz para jogar ao lado de Germán Cano no ataque, e afirmaram "não entender" porque ele não recebia mais chances.
Diniz não conversa com torcedores
Angioni passou pelos atletas antes que Diniz, Fred e outros atletas saíssem por ali. O treinador e sua comissão técnica -- bem como outros dirigentes do futebol -- realizavam uma reunião de rotina e, quando deixaram as instalações, o movimento pacífico já havia se dispersado.
O diretor deu aos torcedores a informação de que Fernando Diniz demoraria a sair do CT. Alguns protestantes chegaram a afirmar que o treinador estaria "escondido", o que não era verdade. De fato, ele teve outros compromissos após o treino, e horas depois, deixou o clube sem ser incomodado.