A fase do Fluminense na temporada não é boa. E um sinal - ou um sintoma disso - é o jejum de gols de Germán Cano. Artilheiro do clube no ano, o argentino não faz o "L", sua tradicional comemoração, há oito jogos. Esta já é a sua pior marca desde que chegou ao tricolor. E, apesar de Cano externar tranquilidade, a situação preocupa o torcedor. Mas o que explica o jejum de gols do artilheiro?
Depois de encantar o Brasil e a América do Sul no começo da temporada, a fase do Fluminense parece ter virado no último mês. Nestes oito jogos em que Cano não marcou, o tricolor venceu apenas dois, perdeu cinco e empatou uma partida. No período, o time de Diniz foi eliminado da Copa do Brasil, com atuações abaixo do esperado nos clássicos com o Flamengo.
No começo desta sequência, o Fluminense começou a sofrer com desfalques importantes. Primeiro, pouco antes deste jejum de gols de Cano, o tricolor perdeu o atacante Keno, com uma lesão na coxa esquerda.
Depois, praticamente na mesma semana, perdeu Alexsander e Marcelo, ambos também lesionados. O trio formava um forte lado esquerdo do time de Diniz e os três eram importantes para a dinâmica de jogo do tricolor.
Em algumas dessas partidas, foi visível a falta de criação do time. No primeiro duelo com o Flamento, pela Copa do Brasil, e no clássico com o Botafogo, pelo Brasileirão, o Fluminense praticamente não criou oportunidade de gol. Contra o alvinegro, foram apenas três finalizações, sendo apenas uma na direção do gol. Já contra o rubro-negro, foram só três na direção do gol, contra oito do adversário.
Em outras partidas, o Fluminense chegou a ter um maior número de finalizações, como contra o Corinthians, na Neo Química Arena, pelo Brasileiro, mas faltou efetividade. E o próprio Cano pouco apareceu em campo. Bem marcado, ele só finalizou uma bola - e fora da direção do gol. Na derrota para o River, o argentino também só finalizou uma vez.
Cano fala sobre jejum de gols no Fluminense
Inclusive, na partida da última quarta-feira, Cano recebeu duas bolas em que poderia ter finalizado - ou, ao menos, eram oportunidades em que ele usualmente finalizaria de primeira. No entanto, nas duas, ele optou pelo passe e as jogadas não foram bem concluídas. Depois do jogo, ele comentou sobre a fase e os lances.
- Não, estou muito tranquilo. O gol vai chegar. O Arias estava entrando sozinho. Eu estava muito do lado da bola para poder chutar e ele estava mais bem posicionado e sozinho. Na outra eu cabeceei porque entravam John Kennedy e Lelê sozinhos pelo meio. O gol vai chegar, estou tranquilo - disse Cano.
Apesar de reforçar que segue tranquilo quanto ao jejum, os gols de Cano - e não só dele, é claro - têm feito falta para o Fluminense neste momento na temporada. A média do argentino, que já tem 24 gols em 30 partidas neste ano, segue ótima. Mas para voltar a encantar o país e, principalmente, conseguir resultados positivos, o torcedor vive a expectativa para poder voltar a comemorar fazendo o "L".